O Paraná é um dos estados brasileiros onde o agronegócio tem maior impacto na economia, mas o setor de serviços é que deve ser o responsável por elevar o PIB (Produto Interno Bruto) acima da média nacional em 2024.
Enquanto estimativas apontam um crescimento de 2% para o PIB brasileiro, no Estado a alta prevista é de 2,2%. As projeções fazem parte de um estudo elaborado por economistas do Banco Santander, que indica avanço de 3,5% no setor de serviços no Paraná em relação ao ano passado.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o PIB do setor de serviços representa 61,6% da economia paranaense, seguido de longe pela indústria, com 27,2%, e o agro, com 10,7%.
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Serviços é o setor que mais contrata no Estado. Segundo os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, entre os 96.019 postos de trabalho formais acumulados neste ano no Paraná, quase a metade foi gerada em empresas do setor, totalizando 52.437 empregos com carteira assinada entre janeiro e maio, o que corresponde a 45,38% do total.
A indústria contratou 22.905 trabalhadores, a construção civil, 11.389, o comércio, 8.063, e a agropecuária, 1.227.
Os dados do PIB de 2023 ainda não estão disponíveis, mas os economistas acreditam que após a quebra em parte das safras de verão em 2022, a Região Sul deve ter apresentado forte recuperação no ano passado e as perspectivas para este ano são de arrefecimento no crescimento, apesar de ainda manter o alto volume da produção agrícola.
As cheias no Rio Grande do Sul também devem impactar negativamente o setor no Sul do país neste ano, mas a partir do ano que vem, o estado gaúcho volta a crescer.
Após a forte expansão de 2023, que resultou em um salto de 33%, o PIB agropecuário paranaense tende a apresentar números menores neste ano, com recuo de 2%.
“A devolução de parte dos fortes ganhos da safra de 2023 tende a impactar o PIB do estado, em 2024. Os resultados do Paraná também têm apontado maior volatilidade, em parte como consequência de seguidos problemas climáticos”, aponta o economista Gabriel Couto que, junto com os economistas Rodolfo Pavan e Henrique Danyi, elaborou o levantamento do Santander.
O PIB industrial do Estado deve crescer, mas em menor ritmo, similar ao do ano anterior. A projeção para 2023 foi de 1,3% e para este ano é de 1%. Já para 2025 o movimento de crescimento tende a ser mais representativo, chegando a um aumento de 2,3%.
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