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Postos se preparam para aumento da gasolina

Carmem Murara - Folha do Paraná
04 jul 2001 às 09:57

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Os postos de combustíveis do Paraná estão preparados para o aumento no preço da gasolina e óleo diesel, que passa a vigorar a partir de sábado. Desde ontem, parte dos postos em Curitiba começou a retirar faixas de promoção e oferta de desconto nos produtos vendidos. Desta maneira fica mais fácil e cria-se um efeito psicológico entre os consumidores de que o produto não subiu tanto. A estimativa de técnicos do governo federal é de que a gasolina ficará 10,42% mais cara nas refinarias, o que representaria 8,33% na revenda.

O preço do diesel teria um aumento de 8,27% na refinaria. Isso resultaria em mais 6,61% na bomba. Já o botijão de 13 quilos de gás de cozinha (GLP) seria reajustado em 2,6% para o consumidor. Os novos valores serão confirmados pela Agência Nacional de Petróleo até sexta-feira.

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Os donos de postos em Curitiba e lideranças do setor de revenda reclamam do aumento. "Cada vez que há reajuste, o consumidor desaparece. Por duas semanas há forte retração no consumo", afirmou, ontem, o diretor do Sindicombustíveis, Pedro Milan.

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O preço do litro da gasolina na capital do Estado varia de R$ 1,499 a R$ R$ 1,569, conforme o posto, sendo que em muitos locais estes valores fazem parte de promoções. "Se aumentar o preço na refinaria somos obrigados a repassar os valores. Não há outra alternativa", disse o empresário.

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O governo está num dilema sobre se o repasse do percentual será integral ou se abrangerá apenas parte do índice para reajustar os preços dos combustíveis. O principal entrave é a Parcela de Preço Específica (PPE) - um espécie de fundo constituído para que o governo possa saldar uma dívida que tem com a Petrobras.


No começo do ano, a estatal tinha a receber R$ 2,951 bilhões da União. A idéia é de que a PPE possa cobrir a dívida até o fim do ano para que o Tesouro Nacional não tenha de tirar recursos do caixa para quitar o débito. Um levantamento apresentado na semana passada indicava que a PPE neste mês poderia apresentar um resultado negativo de R$ 130 milhões caso não seja autorizado o aumento integral dos preços dos derivados.

O diretor de Defesa da Concorrência do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Mendes Vaz, disse que, mesmo que seja autorizado o repasse integral, será necessário novo aumento em outubro. Segundo ele, mantendo o cenário das cotações do dólar e do barril de petróleo, os preços dos derivados devem subir mais 3,5% nas refinarias.


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