Com uma leve redução de 0,39% ante abril, o preço da cesta básica ficou estável em maio. O mês terminou com o valor do conjunto de 13 itens considerados essenciais para uma pessoa cotado a R$ 631,53. O valor é R$ 2,48 menor do que em abril, quando a cesta básica foi calculada em R$ 634,01.
A pesquisa é feita pelo NuPEA (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), sempre no final do mês, em 11 supermercados, distribuídos por todas as regiões de Londrina.
Os pesquisadores calculam o valor médio calculado a partir dos preços praticados em cada uma das lojas. Se um consumidor se dispusesse a adquirir os produtos mais em conta em cada um dos supermercados visitados, a mesma cesta poderia ser comprada com um desconto de 22,8%, totalizando R$ 487,61.
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Em uma situação mais plausível, no entanto, na qual o consumidor faz as suas compras no supermercado que apresenta os menores preços, a mesma cesta sairia por R$ 554,13, uma economia de 12,3% em relação ao valor médio.
Sem pesquisa, o consumidor que fizesse as compras na loja mais careira, desembolsaria 14,1% a mais pelos mesmos 13 itens. A cesta, nesse caso, custaria R$ 720,51.
No mês passado, subiram de preço o tomate, o café e o pão. O tomate teve alta de 17,6%, o café aumentou 6,3% e o pão, 0,8%.
Os dez itens restantes registraram redução de preços. As mais significativas foram o açúcar (-9,5%), a farinha de trigo (-8,5%) e a banana (-5,2%). A carne, que é o item que tem maior peso na composição do valor final da cesta básica, teve queda de 3% no preço em relação a abril. Na média, o quilo da carne ficou em R$ 41,40. Na pesquisa anterior, estava R$ 42,67.
A carne tem como referência sempre o coxão mole, em pedaço ou fatiado, sendo considerado o corte mais em conta. O preço mais baixo encontrado pelos pesquisadores do NuPEA foi de R$ 32,90 o quilo e o mais alto, R$ 52,90.
Na comparação com o valor da cesta básica em maio de 2024, houve alta no mês passado, de 4,25%. Há um ano, a mesma cesta custava R$ 605,77. Em relação ao início deste ano, também aumentou. Em 1º de janeiro, a cesta básica estava cotada a R$ 625,45 - 1% mais baixo do que agora.
No gráfico comparativo dos últimos 12 meses, março de 2025 foi o mês em que a cesta básica teve a maior alta, ultrapassando os R$ 650. No mesmo período, os menores preços foram computados em junho e julho do ano passado, com o preço final abaixo dos R$ 550.
PROJEÇÃO DE INFLAÇÃO
As projeções de inflação e do PIB (Produto Interno Bruto) foram reduzidas por economistas consultados pelo BC (Banco Central). O boletim Focus desta segunda-feira (2) apontou uma nova queda para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Segundo o relatório, a inflação oficial deve atingir 5,46% no final deste ano. A projeção para 2026 foi mantida em 4,5%.
Na última semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou a 0,36% em maio, após marcar 0,43% em abril.
Por ser divulgado antes, o IPCA-15 sinaliza uma tendência para o IPCA. Uma das diferenças entre os dois é o período de coleta das informações.
O levantamento também trouxe uma pequena diminuição da previsão do PIB, que deve crescer 2,13% ao fim deste ano na perspectiva dos analistas - a estimativa era de 2,14%. A previsão para 2026, por outro lado, foi aumentada e a economia brasileira deve crescer 1,8% no ano, segundo os economistas.
Na semana passada, o IBGE revelou que o PIB brasileiro acelerou o ritmo de crescimento para 1,4% no primeiro trimestre de 2025 na comparação com os três meses finais de 2024. O PIB está no maior patamar da série histórica, iniciada em 1996.
A agropecuária foi o grande destaque entre os setores produtivos no início de 2025. A atividade teve alta de 12,2% ante o quarto trimestre de 2024. (Com Folhapress)
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