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Estimativa de perdas

Prejuízos com bloqueios por deslizamento chegam a R$ 60 mi por dia

Francielly Azevedo - Especial para a Folha
07 dez 2022 às 09:10

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- Ari Dias/AEN
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Os bloqueios na BR-277, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, e na BR-376, que é a principal ligação entre Curitiba e o litoral de Santa Catarina, têm preocupado o setor produtivo. De acordo com a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), os prejuízos somam R$ 60 milhões por dia.


As rodovias estão com problemas desde o último dia 28 de novembro, quando deslizamentos de terra foram registrados. Na BR-277 foram dois dias de bloqueio. No momento, o trânsito está liberado em pista simples em um trecho da Serra do Mar, o que causa demora no trajeto. Na BR-376, a lama arrastou nove veículos (seis caminhões e três carros), deixando duas pessoas mortas e 12 sobreviventes. Por lá, o tráfego segue bloqueado. 

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"A via alternativa para chegar a Santa Catarina, em especial a Florianópolis, teve o tempo de viagem aumentado para 18 horas. Hoje, o custo operacional para fazer essa viagem, com o tráfego médio de caminhões que faziam esse trajeto, está em R$ 60 milhões. A velocidade média dos caminhões, que era de 65 km/h, baixou para 20 km/h, 18 km/h. O atraso, o desgaste do caminhão, aumentam as diárias dos motoristas e dos transportadores agregados", explicou o Sergio Malucelli, presidente da Fetranspar para a FOLHA.

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O aumento do custo operacional também faz com que a Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) monitore a situação. Para o consultor em logística do Sistema FAEP/SENAR-PR, Nilson Hanke Camargo, as interdições impactam muito além de caminhoneiros e transportadoras, o que pode onerar os valores no campo, especialmente para o pequeno produtor. 

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"Quem vai pagar isso aí? É o transportador. E o transportador vai transferir essa despesa para o produtor. Já tem cooperativa falando sobre esses custos diretos e indiretos. Para nós, em termos de custo é um absurdo", disse à FOLHA. 


E os prejuízos se espalham como um efeito dominó, do campo para a indústria. João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), destacou o receio do setor com a demora para solucionar o problema. 


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