O coordenador do Procon-PR, Algaci Túlio, encaminhou nesta quarta-feira uma denúncia à Agência Nacional de Petróleo (ANP) e ao Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade), de que os proprietários de postos de combustíveis de Curitiba estariam formando um cartel na cidade.
A suspeita surgiu depois de uma pesquisa realizada pelo órgão de defesa do consumidor em que ficou constatado que dos 70 postos consultados, 39 praticam o mesmo preço para o litro de gasolina: R$ 1,99.
Segundo Túlio, o número de postos que vem praticando os mesmos preços em Curitiba é bastante significativo.
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Representa mais de 55% dos postos pesquisados na última amostragem. ''Por esse motivo, estamos solicitando ao Cade uma avaliação técnica deste tipo de prática, uma vez que é de competência e responsabilidade deste órgão federal a análise quanto a práticas de mercado lesivas ao consumidor, como a cartelização'', explicou Túlio.
Junto com a denúncia, o Procon encaminhou ao Cade a tabela de preços utilizada por estes estabelecimentos.
O Ministério Público e a Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon) também receberão a denúncia.
A pesquisa mostra que o litro de gasolina em Curitiba varia de R$ 1,920 a R$ 2,090. No preço álcool, a variação é maior e chega a 25%.
Os preços variam entre R$ 1,249 a R$ 1,560. Para o diesel, a variação é de 16,3%. No posto mais barato foi encontrado por R$ 1,340 e no mais caro por R$ 1,559.