A região central de Londrina permaneceu neste fim de semana com placas e cartazes com a palavra ‘promoção’ por todos os lados.
Prometendo descontos de mais de 50% e condições especiais de parcelamento, a tradicional queima de estoque de janeiro levou muitos londrinenses às ruas. Entretanto, dentre os consumidores que conversaram com a reportagem, a maioria não sentiu a diferença nos preços no lugar mais importante: o bolso.
Mesmo com lojas lotadas e sacolas enfeitando as mãos dos londrinenses, o valor dos produtos não vem agradando todo mundo. Rose Bueno (48) foi até uma das lojas de sapato do Calçadão para comprar uma sandália para a filha, Lohanna.
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Segundo ela, os calçados estavam na mesma faixa de preço de antes. “Não mudou nada. Mesmo com os cartazes não dá para dizer que é uma promoção”, conta. Ela ainda diz que é errado o fato de os lojistas colocarem placas de descontos e, na prática, o preço ser o mesmo de antes.
Giulia Berguio da Costa, 22, também não percebeu as promoções, relatando que os valores estão normais.
“Algumas lojas aqui do centro já tem essa característica de vender produtos a R$ 10, mas em outras que eu visitei o preço estava o mesmo de antes. Pelas minhas compras, eu não vi promoção”, afirma.
Mas, segundo ela, as placas de promoção acabam atraindo os clientes: “o consumidor entra para ver, percebe que os preços estão normais, mas tende a comprar alguma coisinha porque já está lá dentro mesmo”.
Acompanhado da mãe, Guilherme das Neves Pereira, 22, estava à procura de um colchão inflável de casal. Segundo ele, a família pesquisou na internet o valor do produto antes e durante a promoção. “Então viemos nas lojas físicas e a faixa de preço era a mesma, não vi diferença”, explica.
Dentre as lojas que visitou com a mãe na manhã de sábado, ele garante que para encontrar um preço bom, é preciso pesquisar. “Tem que ‘bater perna’ para ver se tem alguma coisa que realmente vale a pena”, ressalta. Ele ainda conta que estava vendo os valores de algumas bolsas, mas também não encontrou promoção.
“Eles colocam em liquidação aqueles produtos que eles sabem que não vão conseguir vender ao longo do ano, porque de resto está a mesma coisa”, finaliza.
A modelo Isabella Ceribelli, 26, estava em busca de cosméticos e produtos de maquiagem com valores promocionais.
“Em algumas lojas, o preço está bom, já em outras está um pouquinho mais alto. Tem produto que a gente paga de R$ 20 a R$ 30 e estava por R$ 15, mas não tinha quase nada mais. Mas, por outro lado, eu notei que alguns produtos de marcas que não são tão boas estavam com preços mais altos do que costumam ser. E não teve muita saída, porque tinham muitos ainda”, relata.
Também de acordo com a jovem, as roupas estavam com preços bons: “melhor do que no final do ano”.