O governo do Estado divulga no final da tarde desta quarta-feira o preço mínimo para a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). O anúncio será feito pelo secretário da Fazenda, Ingo Hubert, que irá protocolar o edital de venda da estatal na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, onde deve ocorrer o leilão. O edital será publicado em Diário Oficial e em jornais de circulação nacional na quinta-feira.
Ingo pretende falar sobre o preço após o fechamento do pregão na Bolsa de Valores de São Paulo, às 17 horas. O horário foi escolhido para que não haja oscilações nas ações da companhia que são vendidas tanto na Bovespa quanto na Bolsa de Valores de Nova York.
Por enquanto, foram divulgadas poucas informações sobre o conteúdo do edital de venda. Mas os advisers já confirmaram, na audiência pública da Copel, que a estatal será privatizada em bloco. Serão vendidos os setores de geração, transmissão e distribuição, além das demais participações como na Sanepar, Sercomtel e Compagas.
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A Aneel confirmou sexta-feira que o edital obriga o comprador da Copel a investir em geração. Ele terá de ampliar em 20% a capacidade de geração num período de dez anos.
O preço mínimo da Copel tem sido mantido a sete chaves, mas dentro do próprio governo há uma versão extra-oficial de que o valor ficaria próximo a R$ 9 bilhões. Consultores ouvidos pela Folha também disseram que a Copel teria que ter um preço mínimo entre R$ 8,5 bilhões e R$ 9 bilhões, conforme cálculo feito com base no balanço da empresa. Entidades e pessoas contrárias à privatização chegaram a calcular que a Copel valeria R$ 22 bilhões.
O governo pretende leiloar no próximo dia 31 de outubro a parte que lhe cabe na companhia de energia, ou seja, 31,1% do capital total. O BNDES, que tem outros 24,4%, também venderá suas ações. O restante está em custódia nas bolsas em São Paulo e Nova York.
Apenas empresas estrangeiras têm demonstrado fôlego para a privatização. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) era a única brasileira e estatal, mas no final de semana ela comunicou a desistência. O grupo Bradesco, Votorantim e Camargo Corrêa manifestou interesse na compra. Os grupos internacionais são Endesa (Espanha), Hydro Quebec (Canadá), AES, Duke Energie e NRG (Estados Unidos), Enel Power (Itália), Tractbel (Bélgica), EDF (França) e RWE (Alemanha).