A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) quer aumentar o campo de atuação no Estado e está se adequando para prestar serviços na área de destinação de resíduos sólidos, desde o lixo hospitalar até o orgânico. Os estudos começaram no ano passado, mas ganharam força no início deste ano com a criação do Grupo Específico de Resíduos Sólidos da Sanepar.
O responsável pelo projeto, Gilberto Maia, conta que as prefeituras sofrem com os problemas ambientais ocasionados pelos lixões. A concessão deste serviço, através da privatização, poderia solucionar o problema. A prefeitura pagaria por serviços prestados na área de coleta de lixo, tratamento e disposição final.
O projeto é bem audacioso. A Sanepar não revela os municípios em que a empresa tem maior interesse. Mas tudo indica que Londrina, no Norte do Paraná, seja uma das primeiras prefeituras a conceder este serviço através de licitação. Um seminário já foi feito na cidade.
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"A situação do lixão em Londrina é bastante complicada. A vida útil do lixão já está exaurindo", revela Maia. Outros estudos e discussões deverão ser feitos nos próximos dias com prefeituras municipais.
A intenção é conquistar cerca de 85,7% dos municípios paranaenses. "Queremos ter a mesma abrangência com os resíduos sólidos que temos com o saneamento e o esgoto", afirma. Atualmente, a Sanepar tem a concessão de 342 dos 399 municípios paranaenses nas duas áreas.
Os valores para investimentos propostos em projetos de resíduos sólidos não foram divulgados. Tudo dependerá do município e do investimento que terá que ser feito (aterros sanitários, estações de tratamento). A intenção é fazer projetos conjuntos com os moradores das regiões escolhidas para os aterros e ambientalistas. "É impossível se pensar num projeto destes, sem pensar que teremos que fazer discussões com a comunidade como um todo. De nada adianta fazermos projetos e não podermos executar", analisa.
Leia mais em reportagem de Luciana Pombo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira