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Economia

Senado aprova indicados para diretorias do BC

Bonde, com informações da Agência Brasil
04 jun 2003 às 15:38

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Os nomes dos diretores indicados de Política Econômica do Banco Central, Afonso Beviláqua, e de Estudos Especiais, Eduardo Loyo, foram aprovados na terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, defendendo de um lado a proteção e inclusão social e do outro, a utilização da taxa básica de juros para o controle da inflação.

Do total de 25 senadores presentes, 20 votaram favoráveis, 4 reprovaram os nomes e apenas um dos parlamentares se absteve. Agora, os nomes dos diretores seguem para aprovação no plenário da Casa, mas ainda não foi anunciada data. Após a aprovação pelo plenário do Senado, os nomes seguem para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Para o diretor indicado de Política Econômica do BC, Afonso Beviláqua, a trajetória da taxa básica de juros da economia (Selic) no Brasil depende da inflação, porque o "nosso risco" faz a estabilidade monetária depender de juros mais elevados.

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Segundo Beviláqua, a elevação da taxa Selic, em abril, bem como o aumento da alíquota de recolhimento compulsório (valor dos depósitos à vista que os bancos são obrigados a recolher ao BC) e a retomada da confiança, foram fatores fundamentais para evitar o descontrole inflacionário.

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Ele disse acreditar, porém, que a política monetária do governo "tem efeitos significativos" e garantiu ter confiança de que a taxa continuará a ser reduzida. De acordo com Beviláqua, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC pautou-se por "critérios técnicos" ao decidir pela manutenção da Selic em 26,5% ao ano na última reunião.


Já Eduardo Loyo defendeu o que chamou de redes abrangentes e eficazes de proteção e inclusão social para assegurar a todos os brasileiros uma renda digna e serviços públicos de saúde e educação.

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Mas alertou que estabilidade monetária, por si só, não garante desenvolvimento: "Muitas outras ações de governo, que transcendem o mandato dos banqueiros centrais, devem conspirar a favor do desenvolvimento".


Ainda de acordo com Loyo, "política monetária de má qualidade, que alimente inflação alta e incerta, que dê margem a flutuações desnecessárias do produto e do emprego, pode certamente causar sérios danos à economia e bloquear seu desenvolvimento sustentado". Loyo assume uma diretoria que havia sido desativada por Arminío Fraga, ex-presidente do BC.

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Beviláqua, que deverá substituir Illan Goldfajn na diretoria de Política Econômica, disse ainda que a persistir a queda da inflação, a taxa básica de juros deverá se reduzida. "Estamos num momento importante na guerra contra a inflação", disse Beviláqua.


O diretor indicado de Política Econômica disse ainda que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem conseguido dissipar com sucesso os temores que existiam no ano passado de que a economia brasileira estaria fadada a dificuldades incontornáveis com o pagamento da dívida pública.

"De fato, nos últimos meses, grande parte dos indicadores macroeconômicos tem exibido uma reversão surpreendente em relação aos níveis que se verificaram entre setembro e outubro de 2002, quando a desconfiança em relação às perspectivas para a economia brasileira atingiu seu auge. Tal reversão deve-se fundamentalmente à austeridade das políticas monetária e fiscal e ao rápido encaminhamento das reformas previdenciária e tributária por parte do governo Lula", disse Beviláqua na sabatina do Senado.


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