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Pesquisa e redução de serviços reduzem seguro de carro

05 dez 2011 às 09:02

O valor gasto anualmente no seguro do automóvel costuma ser uma alta despesa com o carro na composição do orçamento dos consumidores. Dependendo do risco e do perfil do assegurado pode chegar até a 10% do valor do automóvel. Mas com práticas simples, como pesquisa de preços entre diversos corretores e eliminação de serviços extras da apólice que o assegurado não utilizará, é possível obter descontos de até 15%, dizem especialistas.

"O modelo de precificação do seguro do automóvel leva em consideração muitas variáveis. É importante pesquisar em várias seguradoras", diz o presidente da Comissão Atuarial da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), Almir Martins Ribeiro.


Essa pesquisa entre várias seguradoras é o papel do corretor, que tem por obrigação apresentar diversas propostas de seguros e mostrar o custo-benefício de cada uma delas. Ao consumidor cabe pesquisar em mais de um corretor os seguros. Isso porque as comissões pagas aos corretores podem variar. "Normalmente existe muita variação de preço nos mesmos serviços", diz o diretor do produto Automóvel da HDI Seguros, Fábio Leme.


Em relação aos serviços extras atualmente oferecidos pelas seguradoras, a lista é grande, passando por limpeza de calhas, serviço de chaveiro, reparo ou substituição de vidros, faróis e retrovisores, descontos em redes de estacionamento e uso do carro reserva por mais dias em caso de sinistro. É unanimidade entre os especialistas que na hora de contratar o seguro é preciso entender o que tem na apólice.


Um exemplo é o uso do serviço de assistência 24 horas. Caso o consumidor não viagem muito não é preciso contratar uma assistência com uma amplitude de quilometragem muito grande. É possível escolher uma apólice mais simples, que cubra a assistência até 200 km.


"Alguns serviços são oferecidos gratuitamente. Outros podem ter custo específico", diz o superintendente-executivo da Bradesco Auto, ao comentar sobre o seguro da empresa. "Com a pesquisa em diversas seguradoras e o entendimento dos serviços que efetivamente serão utilizados, a redução do preço pode chegar a até 10%, 15%", calcula Leme.


Ribeiro lembra que alguns seguros são importantes na apólice, como o contra terceiros e o de responsabilidade civil. "Basicamente existem duas formas de reduzir o preço: diminuir a cobertura, que pode englobar, por exemplo, incêndio, ou aumentar o valor da franquia que será paga em caso de sinistro", explica o diretor de automóveis do grupo segurador Banco do Brasil Seguro e Mapfre, Japis Alexandre.


Apesar de a maioria dos contratos atualmente prever o pagamento do valor de mercado do carro, vale lembrar que algumas apólices têm um valor fixo no caso de haver sinistro. "Em geral, seguros para valores fixos são mais caros do que os que pagam o valor de mercado", diz Ribeiro.


Segurança


Idade, local da moradia e até fabricante do carro são levados em conta na hora de montar o perfil, mas o índice de roubos na maioria das vezes é um dos itens principais na composição do preço, principalmente em grandes cidades. Por isso, tudo o que diminui a probabilidade de roubo conta na hora da cotação.


"Travas e rastreadores devem ser informados pelo contratante e podem reduzir o valor do seguro, quando não se trata de um automóvel em que a segurado já exige o uso de algum rastreador", explica o assessor técnico da presidência do Sincor-SP, Marcos Pummer. A utilização de garagem e estacionamentos para a pernoite e no trabalho e faculdade também colaboram para abaixar o preço.

Pummer lembra que o barato nem sempre é o melhor negócio. É importante contratar um corretor que irá ajudar caso haja sinistro e o seguro correto para o perfil do consumidor, pois as seguradoras podem se negar a pagar o valor se informações incorretas forem fornecidas apenas para baratear o serviço.


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