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Delícias do frio

Vinho é bom; beber "sem frescura" é melhor ainda

Edson Pereira Filho/Equipe Folha
10 jun 2009 às 16:28
O estudioso Tiago Belloli defende a apreciação sem mistérios ‘para facilitar o consumo no dia a dia’ - Olga Leiria/Equipe Folha
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Consumir vinho passou a ser um processo intricando nos últimos tempos para pessoas comuns, pouco afeitos aos rituais que envolvem um simples gole da bebida.

Toda esta ritualística, até certo ponto procedente, tem intimidado pessoas pouco afeitas aos salamaleques realizados antes de sorver o produto. No Brasil a bebida tem seu consumo per capta em 1,8 litros, enquanto um europeu chega a consumir em média 60 litros por ano.

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Os números falam por si. Esta distância de potenciais consumidores em relação a bebida, segundo o enólogo da indústria de vinho Miolo, Tiago Barbieri Belloli, tem sido uma das preocupações centrais da indústria do setor.

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Enólogo, é bom que se diga, é um estudioso do vinho. Belloli ressalva que embora a observância de regras para o bom consumo de vinho tenham fundamento, ele constata, por exemplo, que a maioria dos europeus são pouco afeitos as etiquetas que envolvem o consumo da bebida.

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O enologista confirma que há toda uma movimentação do setor no Brasil na orientação de garçons e atendentes de lojas de vinho para desmistificar o consumo. ''Em termos de degustação, acessórios (taças e serviço de mesa adequados) é melhor deixar um pouco isso de lado, para ficar mais fácil de beber até no dia a dia'', orienta.


Sobre vinho há tanta informação, que se pode ficar perdido. A reportagem da FOLHA participou de um curso de desgutação da Miolo em Londrina para falar um pouco sobre o assunto. Escolher a bebida em casas especializadas ou tomar em restaurantes do ramo pode ser uma boa pedida, porém nem toda uva é vinífera (própria para fabricar vinhos) como alguns podem pensar.

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Belolli alerta que o produto feito com uvas de mesa (para consumo in natura) não são consideradas no meio vinícola. ''Uva de mesa, quando muito, serve para suco de uva. O Brasil é o melhor produtor de suco de uva do mundo'', informa o enólogo. As uvas de mesa e para suco conhecidas como vitis labrusca, vitis riparia entre outras, são provenientes dos EUA. Para identificar a procedência do vinho, ou como dizem os especialistas: o terroir (local onde foi produzido), o consumidor deve observar no rótulo da garrafa o nome da vinícola, data da safra e o nome da uva (veja quadro das principais uvas viníferas).


A garrafa deve ser guardada em locais de pouca luz, com temperatura abaixo de 14 graus centígrados, sem trepidação. ''O vinho é um ser vivo e ele pode se degradar se não for guardado adequadamente'', ensina. Para servir, entretanto, o vinho branco deve ser consumido a uma temperatura entre 6 e 12 graus, 4 e 8 graus para espumantes, vinhos tintos entre 15 e 18 graus; rosados, 8 a 12 graus. Estas temperaturas podem ser alcançadas com um balde de gelo (deixando a garrafa 20 minutos no gelo antes de servir) ou 1h30 na geladeira antes de desgustar.

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Segundo Belloli, há vinhos de aperitivos, brancos, tintos, rose, espumantes, licorosos. Os brancos, por exemplo, servem para salada, peixe e pratos leves. Os roses são muito consumidos na Europa e considerados versáteis, sendo utilizados para diferentes pratos. O tinto acompanha nomalmente os pratos principais, mais condimentados, como carnes, caças, massas entre outros. O vinho espumante é considerado o ''coringa'' da gastronomia, acompanha toda refeição, desde o aperitivo até a sobremesa. ''Tem até a função de digestivo'', complementa.


O especialista lembra que há um movimento entre chefs de cozinha para se quebrar a rigidez entre o prato a ser servido e o vinho adequado. ''Nem sempre isso é possível, por exemplo, se você comer um peixe e tomar um tinto sentirá um gosto metálico insuportável na boca, podendo até pensar que a comida está estragada'', pondera. As técnicas de harmonização de prato e vinho, segundo Belloli, devem ser vistas com reservas e elaboradas por especialistas.

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Vinhos encorpados com preços acessíveis


Os vinhos importados prometem aquecer o inverno com preços mais atraentes até para consumidores mais exigentes. Devido o dólar barato, a bebida importada está sendo vendida nos supermercados de Londrina com uma variedade enorme de uvas e safras. Os chilenos e os argentinos dominam o quesito preço variando de R$ 8,99 a R$ 16,90, mas também apresentam qualidade respeitável de procedência de uvas viníferas. Os nacionais de boa qualidade, entretanto, estiveram com seus preços acima dos importados. Todos os vinhos apresentaram alta densidade alcoólica (encorpados), variando entre 12 e 14 graus.


Para o frio dos últimos dias, vinhos encorpados são os mais indicados. Num dos supermecados pesquisados, o tinto da marca Domatos, com uvas Malbec, apresentou 13,8 graus, e um envelhecimento de 5 anos, sendo da safra de 2004. Seu preço é justificável pelo tempo de descanso, R$ 16,90. Já um branco jovem do Chile, de uvas Sauvignon Blanc, safra 2008, custava no mesmo local R$ 12,90.

O vinho tinto mais disputado em outro supermercado era a marca Mesidor, um argetino valendo R$ 8,90. O consumidor pode ecolher entre uvas Malbec, Syrah e Merlot. A mesma marca argentina anunciava o vinho da uva Chadonay branca, com 12 graus, ao preço de R$ 8,99.


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