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produção agroecológica

Em Arapongas, ministros de Lula visitaram cooperativa do MST nesta segunda

Redação Bonde
09 out 2023 às 19:51

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- Ato_Copran
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A Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória (Copavi), localizada no Assentamento Santa Maria, em Paranacity, celebra 30 anos de produção agroecológica e coletiva. A festa de comemoração reuniu mais de 400 pessoas no último sábado (23), no noroeste do Paraná. 


As famílias Sem Terra decidiram desde o início da ocupação que o assentamento seria de produção 100% orgânica e coletiva. O fazer agroecológico assumido pelas 25 famílias resgatou a ancestralidade dos camponeses em produzir alimentos saudáveis sem utilizar insumos químicos. O desafio era grande em produzir em um solo desgastado pela monocultura. Com sacrifício, as famílias iniciaram um longo processo de recuperação do solo e produção de alimentos. 

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José Damasceno, da Direção do MST, em alusão aos primeiros dias da ocupação, relembrou da situação da antiga fazenda. “Papel foi de pegar uma caveira [alusão à condição da área no momento da ocupação] e dar vida, produzindo alimentos, ideias, festa, cultura, conhecimento e sabedoria popular. O dia de hoje é histórico na construção da vida, comemorando os 30 anos da Copavi”. 

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Atualmente, as famílias organizadas produzem por ano 270 toneladas de açúcar mascavo, 185 toneladas de melado, 125 mil litros de leite e 35 toneladas de hortaliças. Toda produção é certificada e está disponível à população através do comércio local e de políticas públicas de acesso ao alimento por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Essa produção também é exportada à Europa. 

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Tânia Leite, da direção da Cooperativa, reforçou a agroecologia como construção de um projeto onde o ser humano é a centralidade. “A Copavi é lugar onde crianças, jovens, mulheres e homens são construtores de novas formas de viver e sonhar, sem os sonhos a vida se torna vazia e sem sentido. Com os sonhos dividimos as dores e as alegrias”. 


O processo de organização pensado pelas famílias coletivizado e organizado através da divisão do trabalho. No assentamento não se vê a tradicional divisão de lotes, mas sim uma produção organizada em alguns sistemas produtivos nos 230 hectares da área com trabalho coletivizado e com divisão de tarefas.

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Entre as ações de comemoração dos 30 anos da Copavi, aconteceu um seminário Agroecossistema Agroecológicos Integrados: Produção Animal e Vegetal no Noroeste do Paraná, demonstrando a experiência produtiva organizados pela cooperativa. O seminário resgatou a prática do fazer agroecológico. 


Priscila Monnerat, agrofloresteira, dirigente do Coletivo de Gênero e do Setor de Produção do MST, explicou que “a agroecologia é uma prática milenar que começou a ser desenvolvida como ciência a partir da prática dos povos ancestrais e, ela surge como um movimento para resistir ao avanço do modelo capitalista de agricultura e para propor outro jeito de cultivar a terra, sem destruir os bens comuns”, concluiu.

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Estiveram presentes no ato comemorativo representantes dos poderes legislativo e executivo, o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) com representações nacional e estadual, Deputado Federal Elton Welter, Deputado Estadual Professor Lemos (PT) e o Arilson Chiorato (PT), e representante da Associação de Juristas pela Democracia (AJD), além disso estiveram representantes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Ministério Público do Trabalho de Maringá (MPT), vice prefeito  e representantes de vereadores de Paranacity.


O sistema produtivo da Reforma Agrária do Paraná está alicerçado em 23 cooperativas, 64 agroindústrias e cerca de 100 associações, e mais de 100 produtos industrializados. Entre as linhas de produção, em assentamentos e acampamentos, estão leite, milho, arroz, feijão, ovos, hortifrúti, mel, cana-de-açúcar e destilação, erva-mate, de polpa e suco de frutas, ração animal e panificados. 


Um dos principais destinos da produção das famílias Sem Terra é a alimentação escolar, por meio do PNAE. Em 2022, 3,9 mil toneladas chegaram a quase centenas de escolas via este programa.  (Com informações da assessoria de imprensa da Copran)

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