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Operação Proteus

Gaeco de Londrina apreende R$ 20 mi de três diretores por suspeita de desvios na Cativa

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
23 abr 2025 às 09:51

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Divulgação/MPPR
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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Londrina cumpriu, nesta quarta-feira (23), nove mandados de busca e apreensão e 22 mandados de imposição de medidas cautelares diversas da prisão à cúpula da Cooperativa Cativa, suspeita de desvios de pelo menos R$ 18 milhões na transação de venda a entidade à Lactalis, em 2021. 


O Juízo da 2ª Vara Criminal de Londrina ainda determinou a apreensão de cerca R$ 20 milhões em imóveis, veículos de luxo e cartas de crédito no âmbito da Operação Proteus. Segundo o MP (Ministério Público), a suspeita é de que os investigados tenham praticado os crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os nomes dos investigados não foram divulgados e não há dados sobre a composição da diretoria ou conselhos no site da cooperativa.

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Fundada em 1964, a Cativa foi vendida para a Lactalis em 2021, a um valor de R$ 118 milhões, de acordo com o promotor Leandro Antunes, do Gaeco. À época, a empresa firmou um contato exclusivo de fornecimento de leite dos associados por um período de dez anos, com possibilidade de renovação, além da aquisição das unidades de Londrina e Cerqueira César (SP), além da unidade de captação em Pato Branco (Sudoeste).

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Impacto para os cooperados


A apuração do Gaeco apontou que o presidente, o gerente administrativo-financeiro e um dos conselheiros administrativos da Cativa teriam se apropriado de valores que ultrapassam R$ 18 milhões. “Isso traz um impacto direto aos cooperados, uma vez que eles, na verdade, são os proprietários da cooperativa, e isso [desvio de recursos] vai trazer um impacto financeiro direto à contabilidade da empresa”, disse o promotor. 

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Para viabilizar o esquema, os suspeitos teriam constituído empresas fantasmas em nome de laranjas para suposta prestação de serviços de “agenciamento, corretagem e intermediação de negócios”. Apesar da emissão de notas fiscais, os serviços não chegaram a ser efetivamente prestados, indica a investigação.


Além disso, a investigação ainda pretende esclarecer possível desvio de dinheiro pelos membros efetivos e suplentes dos conselhos Fiscal e Administrativo da Cativa. Eles são os responsáveis pela aprovação das contas da empresa e teriam recebido, cada um cerca de R$ 100 mil, por meio da simulação de aquisição de leite e milho destes conselheiros pela cooperativa.

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Apesar de os fatos datarem de 2021, as investigações começaram no ano passado, após a denúncia chegar ao MP acompanhada de provas que fundamentaram a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos três suspeitos. 


A decisão judicial determinou a apreensão de 19 imóveis, dez créditos imobiliários de aquisição de imóveis na planta e dez veículos de luxo em nome dos investigados. Além disso, eles passam a ser monitorados por tornozeleira eletrônica e estão impedidos de a proibição acessar os prédios da Cativa, de manterem contato com outros investigados e as testemunhas e de deixar o município sem prévia autorização judicial, além de terem suspensas as atividades desenvolvidas na Cativa.

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Procurada, a Lactalis informou, por meio de nota, que não participa da gestão da Cooperativa Cativa e não tem conhecimento sobre os fatos divulgados pelo Gaeco. “Ao lado dos produtores de leite e consumidores, a Lactalis Brasil espera que os fatos sejam absolutamente apurados”, conclui a nota.


A reportagem tentou contato com a Cativa por meio de telefone, mas foi informada que ninguém iria se manifestar. Posteriormente, uma nota foi enviada à redação. Segue a íntegra:


"A Cooperativa Agroindustrial de Londrina (Cativa) se manifestou sobre a operação deflagrada nesta quarta-feira (23) pelo Ministério Público do Paraná, afirmando que acompanha com atenção as investigações e reforçando seu compromisso com a apuração transparente e ética dos fatos. Em nota assinada pelo Conselho de Administração, a cooperativa declarou estar à disposição das autoridades para colaborar com o processo, respeitando os princípios do devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa dos acusados. A Cativa ainda destacou que segue com suas atividades normalmente, honrando compromissos com cooperados, produtores, parceiros e fornecedores, em consonância com seus mais de 60 anos de história."


(Atualizado às 18h54)

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