Três cidades do Paraná figuram entre as melhores do mundo para startups segundo o ranking do Startup Ecosystem Index Report 2023 , divulgado nesta terça-feira (30). Curitiba, Londrina e Maringá são apresentadas entre as mil localidades globais com melhor ambiente para a implantação e desenvolvimento de empresas inovadoras.
O relatório mundial é elaborado anualmente pelo instituto israelense StartupBlink. Ele funciona como um centro de pesquisas de referência internacional, faz o mapeamento de ecossistemas para startups em 100 países com base em critérios como ambiente de inovação, facilidade para abertura e desenvolvimento de negócios, quantidade e qualidade das empresas de tecnologia instaladas.
Segundo o secretário de Estado da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), Marcelo Rangel, a gestão estadual tem concentrado esforços para que o Paraná consiga atrair cada vez mais investimentos de empresas do ramo de tecnologia e inovação. Ele cita como exemplos a elevação da antiga Superintendência de Inovação à atual pasta que comanda, a regulamentação da Lei Estadual de Inovação e do Fundo de Inovação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Paraná.
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“Temos um cenário muito promissor para startups e queremos alavancar ainda mais o Estado, com nossos ecossistemas regionais trabalhando em parceria com os municípios e a iniciativa privada”, afirmou.
Recentemente, a equipe da secretaria também compôs uma comitiva internacional liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em visita à Portugal. A delegação paranaense conheceu detalhes do funcionamento do Taguspark, que é o maior parque de ciência e tecnologia do país europeu, e visitou o Hub Creativo do Beato, que funciona como um centro de convivência para startups, empreendedores, profissionais criativos e freelancers do segmento.
MARINGÁ – Na 735ª colocação em nível mundial, Maringá aparece como a 18ª melhor cidade do Brasil para startups. Considerada uma das melhores cidades do País para se viver, a cidade no Noroeste do Paraná possui três startups classificadas no Startup Ecosystem Index Report 2023.
A Tindin, uma fintech focada em plataformas educacionais para crianças; a Dinvo, que oferece sistemas de caschback e cupons de desconto para o ecommerce; e a Datlo, que funciona como uma plataforma de geointeligência para empresas e profissionais de vendas e marketing.
Por meio da Agência Maringaense de Inovação e Tecnologia (Amtech), a prefeitura lançou no início deste ano um edital de inovação. Baseado em uma lei municipal de 2017, o projeto selecionou iniciativas para serem testadas nos órgãos municipais visando dar agilidade aos serviços prestados aos cidadãos. Se aprovadas após o período de experiência, elas podem ser implantadas de forma definitiva pela administração.
No início deste mês, o prefeito Ulisses Maia sancionou a lei municipal que cria o ′Programa Sandbox Maringá′. A iniciativa institui o funcionamento de ambientes experimentais para testes de inovação científica, tecnológica e empreendedora, inclusive de ferramentas em que ainda não há previsão legal. Dessa forma, as empresas poderão realizar testes de novas soluções inovadoras de forma isolada e em ambiente seguro.
LONDRINA – Segunda maior cidade do Estado, Londrina é a 779ª melhor cidade do mundo e a 28ª do Brasil para empresas de inovação segundo o ranking da StartupBlink. Desde 2018, a prefeitura incentiva a formalização de parcerias com startups locais por meio de editais de soluções inovadoras coordenados pelo Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel). A administração municipal também foi parceira recentemente do Techstars Startup Weekend.
No ranking mundial, destacam-se entre as startups londrinenses a Appegada, uma rede social focada em serviços para donos de animais de estimação; a Trace Pack, que oferece um sistema de gestão de colheita florestal e de maquinários agrícolas; e a Doiim, uma desenvolvedora de softwares especializados em serviços ligados a criptomoedas e inteligência artificial.
O Startup Ecosystem Index Report faz o ranking dos melhores ecossistemas para startups a partir de algoritmos que analisam dezenas de milhares de dados de empresas, aceleradoras e espaços de coworking, bem como dados recebidos de mais de 100 parceiros globais.
“Mais de 100 governos trabalharam conosco na preparação do relatório deste ano por compreenderem o cenário e entenderem que um bom ecossistema de startups é um motor futuro do crescimento econômico e que o poder público deve ter um papel ativo no apoio ao crescimento de suas startups”, afirma o CEO da StartupBlink, Eli David.