A Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) promete contestar judicialmente o fechamento de bares de Londrina, anunciado nesta quarta-feira (9) pelo prefeito Marcelo Belinati (PP). Segundo o presidente da entidade, Fabio Aguayo, a medida, proposta como forma de combate à proliferação do novo coronavírus, é discriminatória contra o setor e "eleitoreira”.
A proposta da Abrabar é que sejam mantidos em funcionamento os estabelecimentos com Cnaes (Cadastro Nacional de Atividade Econômica) que vão além dos bares. Segundo Aguayo, muitos destes estabelecimentos também atuam servindo alimentos, como porções e refeições, e funcionam como pequenas empresas profissionais, que têm folha de pagamento e fluxo de caixa a ser respeitado.
"Precisamos diferenciar estes bares do lugar que vende só pinga. Normalmente, funcionam na casa do dono e não geram empregos”, argumenta.
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Mais cedo, nesta quinta, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) Norte do Paraná disse que foi "pega de surpresa” com o endurecimento das regras para o setor e pleiteou flexibilização para o segmento.
O fechamento dos bares foi anunciado por Belinati na quarta, como medida preventiva para evitar a proliferação da pandemia em Londrina, junto com a interdição de áreas púbicas de lazer. No anúncio feito pela internet, Belinati argumentou que muitos estavam desrespeitando os decretos que estabelecem regras para isolamento social, lotando estabelecimentos e praças.
O prefeito também reclamou de festas particulares e ameaçou com multa de até R$ 10 mil quem desrespeitar as regras de isolamento em chácaras ou outras propriedades.
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