Londrina acordou mais triste nesta quarta-feira (13). Acostumado a arrancar gargalhadas de crianças e adultos, Adriano Lúcio Huhn, o palhaço Geleia, morreu na noite de terça-feira (12), aos 43 anos. Entre idas e vindas ao hospital desde agosto, quando descobriu pela segunda vez um câncer, Hunh não resistiu e faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
Luiz Henrique Silva, 49, o palhaço Bocão, foi o parceiro de Adriano por 22 anos, sendo uma das duplas de palhaços em atividade mais longevas do Brasil. Ele conta que conheceu o amigo quando Hunh veio de São Roque, no interior de São Paulo, para cursar Artes Cênicas na UEL (Universidade Estadual de Londrina). Segundo ele, uma companhia de circo de Londrina estava trabalhando em um novo espetáculo e os dois palhaços foram selecionados para integrar o projeto. “A gente iniciou um trabalho de dupla de palhaços sem se conhecer muito bem, mas já rolou uma sinergia rápida”, relembra.
Bocão conta que o colega era uma pessoa muito criativa e que sempre queria fazer algo novo, o que fazia com que o trabalho deles rendesse frutos. Em 2005, eles saíram da companhia e criaram o CLAC, que, além de ser o local de trabalho da dupla, foi onde os parceiros estreitaram ainda mais a amizade e o sentimento de irmandade. “Eu sou padrinho de casamento dele e ele é meu padrinho de casamento. Eu sou padrinho do filho dele tambem”, conta, afirmando que eles eram irmãos, sócios, parceiros e palhaços, ou seja, uma família. Com habilidades no malabares, chicote, laço e mágica, ele conta que eles desenvolveram diversos projetos e espetáculos, que transformavam o palco em um momento único de alegria e trabalho em equipe.
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Em 2016, Bocão ressalta que o amigo descobriu um câncer no estômago e precisou retirar todo o órgão, vencendo a batalha contra a doença no ano passado. Em agosto deste ano, durante um exame de rotina, ele descobriu que estava com um novo câncer na região dos ureteres e da bexiga. Segundo ele, Geleia morreu por conta de falência múltipla de órgãos seguida de uma parada cardiorrespiratória em decorrência da doença. “Ele nem chegou a começar o tratamento porque ele estava com algumas infecções”, pontua. Com idas e vindas do hospital após o diagnóstico, na semana passada ele tinha sido transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), precisou ser entubado na quinta-feira (07) e o quadro foi se agravando.
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