Este ano, o período de férias escolares para aproximadamente 500 jovens maristas será um pouco diferente: durante uma semana, entre os dias 15 e 21 de janeiro, eles deixarão de lado o descanso dos estudos para vivenciar a rotina de moradores de comunidades em situação de vulnerabilidade social em cinco diferentes cidades brasileiras: Almirante Tamandaré, Londrina, São José (SC), Chapecó (SC) e São Paulo (SP).
As atividades fazem parte da Missão Solidária Marista (MSM), realizada todos os anos, desde 2005, com o objetivo de promover a educação para a solidariedade, a partir de uma experiência vivencial de aprendizado recíproco e dialógico.
Por uma semana, jovens de Unidades Sociais e Educacionais da Rede Marista de Solidariedade, Colégios Maristas, TECPUC, PUCPR e Católica de Santa Catarina fazem uma imersão em realidade desafiadora, sobretudo de vulnerabilidade social. A atividade proporciona a partilha de vida entre jovens e comunidade, a fim de despertar o senso crítico, a sensibilidade solidária e a espiritualidade de ambos.
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Em cada espaço será realizado um gesto concreto, isto é, uma ação prática que irá colaborar com a vivência daqueles que ali estão. Como exemplo, estão previstas revitalizações de espaços comunitários e de convivência. Além disso, momentos de debates, diálogo com as famílias dos bairros próximos e atividades educativas e recreativas para crianças e jovens também devem acontecer.
Em Londrina, cerca de 70 jovens, entre 16 e 30 anos, vindos das Unidades Sociais e Colégios de Cascavel, Maringá, Ponta Grossa, Curitiba e Dourados (MS), ficarão alojados em casas de famílias. Nesse período, haverá troca de experiências de vida entre os alunos e moradores e ações voluntárias com crianças e adolescentes, além da revitalização de um muro do Centro Social Marista Ir. Acácio e de parquinhos do Projeto Viva Vida e espaços de convivência da ocupação Flores do Campo, na zona norte da cidade.
Segundo Diogo Galline, do Setor de Pastoral do Grupo Marista, ao participarem da MSM, os jovens retornam para suas realidades com um olhar mais aguçado e crítico às injustiças sociais existentes em seu entorno. "Após esta vivência esses jovens podem agir como agentes de transformação social. Essa participação é uma forma possível de tornar real o desejo de um mundo mais fraterno a todos", pontua.
Projetos como a MSM fazem parte da essência do Instituto Marista, que, em 2017, completa 200 anos de história. Segundo Diogo, o início da obra se deu a partir do sonho de seu fundador, São Marcelino Champagnat, de educar crianças e jovens, sobretudo em situação de vulnerabilidade social. "Espera-se que, com a missão, jovens e comunidade acolhedora sejam propagadores da dignidade humana por um mundo mais fraterno e justo, contribuindo assim com o pedido feito pelo Papa Francisco: a instalação de uma "cultura para a solidariedade".