O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronese, determinou o afastamento do servidor público Eduardo Ivan Reale das funções até então desempenhadas por ele no órgão municipal.
Acusado de chefiar um suposto esquema de cobrança de propina na Codel, o funcionário de carreira ficará afastado do cargo até a conclusão dos trabalhos de uma sindicância interna aberta no instituto para investigá-lo. Apesar do afastamento, o servidor vai continuar recebendo os salários normalmente. A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (9) do Jornal Oficial do Município.
Na publicação, o presidente da Codel cita uma série de considerações para justificar o afastamento. Veronese cita pedido feito pela própria comissão sindicante, que quer evitar que Reale seja constrangido em seu local de trabalho ou, por outro lado, influencie negativamente na apuração dos fatos.
Leia mais:
Confira o funcionamento do comércio de rua e shoppings durante o aniversário de Londrina
Ministério Público recomenda à prefeitura de Londrina alterações no Parcelamento do Solo
Aeroporto de Londrina terá voos diretos para Maceió e Porto Seguro na alta temporada
Agência do Trabalhador do Paraná começa a semana com 21,1 mil vagas de emprego
Veronense garante, ainda, na publicação, que Reale terá o direito à mais ampla defesa durante os trabalhos. O presidente da Codel define, por fim, como "muito grave" o caso investigado.
Vale lembrar que o servidor ocupou por dez anos o cargo de gerente de Desenvolvimento Industrial na Codel. Ele foi exonerado da função de confiança no final do mês passado, só depois de ter o nome envolvido no suposto esquema de cobrança de propina.
Indiciado
Eduardo Reale foi indiciado nesta semana pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acusado de chefiar o suposto esquema de corrupção. Segundo as investigações, pelo menos quatro empresários pagaram vantagem indevida a ele em troca de supostas facilidades na doação de terrenos públicos.
O servidor de carreira e mais oito pessoas foram indiciados por corrupção – ativa ou passiva – e formação de quadrilha, entre elas outros funcionários públicos e empresários.
O indiciamento do até então do último envolvido - também empresário - saiu nesta quinta-feira, segundo o Gaeco.
(Atualizado às 18h14)