A Justiça revogou a prisão de cinco pessoas detidas pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a operação Publicano, que cumpriu 19 mandados de prisão na última sexta-feira (20) em Londrina e Região.
Batizada de Publicano, nome dos coletores de impostos romanos citados no Novo Testamento, a operação do Gaeco investiga o pagamento de propinas a ex-delegados e auditores fiscais da Receita Estadual de Londrina.
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (23), o promotor Cláudio Esteves informou que um casal de empresários, um contador e dois funcionários de uma distribuidora de combustíveis firmaram um acordo de colaboração com o Ministério Público (MP). "Em virtude disso, não vimos a necessidade de mantê-los detidos", afirmou.
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Além disso, ele revelou que advogados de empresários procuraram o Gaeco para colaborar com as investigações. "As informações que chegaram são de que se empresários não realizassem o pagamento das propinas, as empresas seriam perseguidas pela Receita. Mas as denúncias ainda serão apuradas", comentou.
Operação Voldemort
Na última sexta-feira, a 3ª Vara Criminal de Londrina acatou o pedido do Ministério Público e transformou a prisão temporária de Luiz Abi Antoun em prisão preventiva. Segundo Esteves, o pedido foi feito com base em "elementos" coletados durante a investigação.
O empresário e parente do governador Beto Richa (PSDB) foi detido no último dia 16 durante a operação Voldemort, que investiga o superfaturamento de contrato emergencial para manutenção da frota estadual na região de Londrina.