Um ato em memória da travesti Scarlety Mastroiany, de 35 anos, foi realizado no fim da tarde desta sexta-feira (14), em Londrina. A concentração começou na Praça Rocha Pombo, em frente ao Museu Histórico de Londrina, por volta das 17h.
Inicialmente, os participantes do ato programaram uma caminhada até a Leste Oeste com velas acesas, no entanto, conforme informações colhidas no local, o ato iria permanecer apenas na Praça Rocha Pombo.
Sobre a organização do ato, Melissa Campos conta como surgiu a iniciativa. "É uma iniciativa coletiva. Como a gente tem esse quadro histórico de violência com LGBTs e agora nós temos vários outros coletivos que atuam dentro dessa temática, como o Construção, grupo feminista, Resiliência Trans, representantes da comunidade que trabalham as pautas dos moradores de rua LGBTs, entre outros grupos que trabalham essa temática, nós criamos um vínculo com as pautas. Por isso, nos unimos aqui hoje [sexta-feira]", explica.
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"E como as trans estão sempre ali, que é um direito delas estarem na situação do seu trabalho, e também devido a questão das violências das vulnerabilidade da rua, a gente acaba tendo que cobrar das autoridades uma solução, uma ação efetiva. Porque o caso de impunidade das violências relacionadas a comunidade LGBT é muito grande dentro do município Londrina e a gente não pode deixar que isso passe em branco e que seja uma coisa normatizada e legitimada pela sociedade. De uma certa forma, há uma desumanização dos nossos corpos trans em vida. Há um cerceamento de direitos que nos colocam em determinadas situações. E essas situações podem nos trazer acontecimentos como o que aconteceu com a Scarlety, que saiu para trabalhar e não voltou", relata Melissa.
Scarlety foi morta a facadas e pancadas na madrugada da última segunda-feira (10), na avenida Leste Oeste.
(Com informações de Isabela Fleischmann)