A Secretaria Municipal de Saúde divulgou nesta quarta-feira (25) o 1º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2017.
O LIRAa é um importante instrumento para detectar o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.
Por meio de entrevista coletiva concedida pela gerente de Vigilância Ambiental do Município, Diana Martins, foi anunciado um balanço detalhado da infestação e dos criadouros em cada região da cidade.
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A amostragem vistoriou 9 mil imóveis, que incluíram residências, comércios e terrenos baldios. No total, 185 localidades da área urbana entre os dias 9 e 13 de janeiro de 2017 foram analisadas. O trabalho foi feito por 233 agentes de controle de endemias e 15 servidores do Ministério da Saúde.
A região com o maior índice de infestação foi a central (5,5%). Já o bairro que apresentou um número impressionante de infestação predial - 40% - foi o Parque Industrial Germano Balan. Localizado na zona norte de Londrina - região que obteve média de 4,14% de infestação - o Germano Balan tem esse índice tão elevado por conta dos vários imóveis fechados no local, além dos terrenos baldios, criadouros perfeitos para o mosquito.
O relatório ainda apresentou os índices da infestação dos demais bairros de Londrina de acordo com a região. Na zona sul, o Vale do Sol apresentou média de 17,39%, enquanto na zona leste, a Chácara Eucaliptos apontou taxa de 25% de infestação. O Conjunto Jardim Santa Rita foi o destaque da zona oeste, com 10,29%.
Apesar desses números ainda serem preocupantes, seus valores caíram em relação ao mesmo período em 2016. Em janeiro do ano passado, a infestação média na cidade era de 7,56%. Esse ano, alcançou a casa dos 5,81%.
Essa queda, no entanto, não representa que a disseminação do mosquito está controlada. O LIRAa estabeleceu um ranking dos principais criadouros do Aedes aegypti.
O lixo representa o criadouro número um do Aedes aegypti (44,2%). Em seguida, os depósitos móveis e fixos são os lugares mais propensos a abrigarem as larvas do mosquito, que variam entre vasos de plantas, bebedouros de animais, calhas, lajes, entre outros.
Os tipos específicos de recipientes também foram analisados e o pote de plástico é, de longe, o maior criadouro. Logo após vieram baldes, latas, pneus, lonas, pratos de plantas, tambores de água, e tanques de roupa feitos de concreto completam a lista dos viveiros das larvas.
Ações para o controle da infestação foram discutidas. Entre elas, estão a intensificação de medidas educativas, o estabelecimento de parcerias com o programa Saúde da Família e a apuração de denúncias dos criadouros para que as medidas cabíveis contra eles sejam tomadas. A limpeza de vales e divulgação de dados também servirão de método para diminuir a infestação.
A média total do município de Londrina quanto a infestação foi de 4,1%.
Com informações do repórter Vitor Ogawa do Grupo Folha