Os primeiros boxes dos camelôs sediados na Avenida São Paulo (área central de Londrina) começaram a ser desmontados nesta segunda-feira por funcionários da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). A maioria dos ambulantes acompanhou o trabalho dos funcionários, mas se recusou a desocupar as barracas porque as obras do Shopping Popular, local que vai receber os 316 camelôs da São Paulo e da Avenida Leste-Oeste, devem ser concluídas somente na sexta-feira.
O início da desocupação das vias contou com 20 homens da prefeitura. Eles utilizaram tratores, caminhões e equipamentos de carpintaria para desmontar boxes vazios e retirar os tubos de concreto que bloqueavam uma das quadras da Avenida São Paulo. Apesar da irritação dos ambulantes, não houve desentendimentos. Alguns saíram por conta própria, como o dono do boxe número 107, Josuel Pereira. ''Estou retirando minha mercadoria para deixar em casa porque a mudança para o shopping é impossível pra hoje. Os novos boxes estão sem portas'', comentou.
Os camelôs sediados na Avenida Leste-Oeste disseram que vão esperar até a entrega do prédio novo. ''Não estamos querendo criar problemas. Vamos deixar o local apenas quando pudermos trabalhar no shopping. A CMTU também prometeu melhorias nas ruas próximas ao prédio e ainda não cumpriu'', afirmou a representante da ONG Canaã (entidade que concrega os ambulantes), Cleusa Maria da Silva. Ela referia-se à ampliação da calçada e da iluminação pública das ruas Mato Grosso e Sergipe, vias próximas à futura sede.
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Os funcionários da CMTU devem desmontar todo o camelódromo até o fim da semana. As barracas ocupam a Avenida São Paulo desde agosto de 2001, enquanto as da Leste-Oeste foram instaladas durante a administração do ex-prefeito Luiz Eduardo Cheida, em 1996.