A campanha de vacinação contra o sarampo em Londrina foi prorrogada até a sexta-feira (21). A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pela SMS (Secretaria Municipal de Saúde). Devem ser vacinadas as crianças de 12 meses a menores de 5 anos.
De acordo com o balanço da Secretaria de Saúde, de 6 de agosto até a sexta-feira (14), foram imunizadas 23.893 crianças contra o sarampo e a paralisia infantil em Londrina. Isso significa que o município atingiu 91,33% do público-alvo. Ao todo, 26.160 mil crianças estão nesta faixa etária no município. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Sônia Fernandes, agora será feita uma busca ativa nas cerca de duas mil crianças que não receberam as doses de reforço.
A vacinação pode ser feita em qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde), da zona urbana e rural, de forma gratuita. Os horários de atendimento e os endereços das UBS estão disponíveis pelo site da Prefeitura de Londrina. www.londrina.pr.gov.br.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, não vacinar todo o público-alvo abre espaço para a reinserção dessas doenças no município. "Fazermos um balanço da vacinação alcançada é frustrante, porque ela ficou abaixo dos 95% esperados por muito pouco, apesar de todos os esforços realizados. Sempre que não se atinge a meta temos mais pessoas suscetíveis à doença e isso nos coloca em um risco maior de reinserção dela", lamenta.
Até o momento, o Estado do Paraná não registrou caso positivo de sarampo, assim como Santa Catarina. Porém, em outros estados próximos, como São Paulo e Rio Grande do Sul, já foram notificados casos da doença este ano.
Esta é a segunda vez que a campanha é prorrogada este ano. Na tentativa de imunizar o maior número de crianças possível, os profissionais da saúde já visitaram as escolas municipais e CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil de Londrina), além de terem aberto as unidades de saúde no sábado para o "Dia D" de vacinação.
O sarampo é de fácil transmissão e o contágio se dá pelo ar, visto que é uma virose de transmissão respiratória. A doença pode atingir tanto crianças quanto adultos. Os sintomas mais comuns são febre alta, conjuntivite associada, olhos lacrimejantes e aversão à luminosidade, além de mal-estar, e tosse seca e persistente. Já a paralisia infantil é uma doença infecciosa grave, que pode causar paralisia permanente em determinados músculos. Não possui tratamento específico e a única maneira de preveni-la é com a vacina. No Brasil, o último caso foi registrado em 1990.