O carro de um agente penitenciário foi crivado de balas durante a manhã de sábado (dia 18) no Conjunto Violin (zona norte). Segundo o Soldado da Polícia Militar Júlio César, sua viatura estava realizando uma ronda rotineira, quando passou por um bar onde estavam alguns indivíduos suspeitos que teriam ficado irritados com a presença dos policiais no bairro.
O soldado Luciano Timóteo Barroso relatou que duas pessoas estavam em uma motocicleta Titan vermelha e saíram à procura de um responsável pelo que eles consideraram uma delação, já que não viam outro motivo para a polícia estar presente no bairro. O agente penitenciário, que pediu para não ser identificado, estava visitando a casa de sua mãe, que fica no Violin, quando teria sido identificado por um dos suspeitos, que provavelmente deve ter cumprido pena em uma das unidades prisionais em que o agente trabalhou. "Ele me falou que teria sido eu o responsável por denunciar a presença deles no bairro, mas eu estava só ligando para um eletricista, já que o disjuntor da casa de minha mãe tinha queimado", relatou.
Eles partiram, mas logo retornaram à casa da mãe do agente e efetuaram 14 disparos com uma pistola 9 mm. Cinco deles atingiram o carro do agente, que conseguiu escapar ileso ao refugiar-se nos fundos da residência de sua mãe sem ferimento algum. "Isso é por você ter 'cagoetado' a gente", teria gritado um dos rapazes ao agente antes de fugir. A Polícia Civil já possui alguns suspeitos de quem teria efetuado os disparos, mas os agentes não quiseram conversar com a reportagem sobre o assunto.
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O presidente do sindicato dos agentes penitenciários (Sindarspen), Adilson Moura, esteve no local e disse que não há dúvidas de que o fato da vítima dos disparos ser um agente penitenciário teve influência no episódio. "Nós já tínhamos uma reunião agendada na Secretaria do Estado de Justiça para esta terça-feira (dia 21). Vamos falar com o secretário sobre esse episódio e vamos pedir providências", declarou. Entre uma das pautas está o pedido de autorização para que os agentes penitenciários tenham autorização para o porte de armas.