Para discutir os rumos da coleta seletiva na cidade, representantes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU), da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) se reuniram na quarta-feira (dia 8) na sede da companhia. Em pauta estava a produtividade e o desempenho das associações de catadores e o futuro da Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), inaugurada em dezembro passado no Parque Industrial José Belinati, na região norte.
A CVMR é fruto de uma parceria firmada entre a CMTU, as cooperativas de catadores, a ABIHPEC, a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (ABIPLA) e a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI).
Com investimento das empresas filiadas às associações e aluguel do barracão bancado pela companhia, a CVMR vai atuar no beneficiamento de plástico, papelão, papel e garrafas pet, agregando valor aos materiais, eliminando a figura dos atravessadores e possibilitando a comercialização dos itens a um preço muito mais vantajoso aos recicladores. A expectativa é que, quando estiver funcionando com toda a capacidade, a Central proporcione um aumento de até 20% na renda das cooperativas. O resultado esperado, consequentemente, será a ampliação da oferta de trabalho e o fortalecimento da coleta em Londrina.
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Durante a reunião, ficou definida a necessidade de que todas as associações atuantes no Município integrem a CVMR, já que o programa que viabilizou sua construção tem subsidiado também a compra de equipamentos para elas e os benefícios aguardados serão estendidos a todas as sete cooperativas. A CVMR visa aumentar a capacidade de separação do lixo em Londrina, que se destaca no cenário nacional como uma das cidades campeãs na coleta seletiva.
O presidente da CMTU, Moacir Sgarioni, afirmou que foi muito importante a reunião, porque reforçou o compromisso da ABIHPEC com a coleta seletiva de Londrina. "Definimos estratégias para o funcionamento da Central de Valorização de Materiais Recicláveis. A Companhia concorda com definição das sete cooperativas na Central e vai trabalhar para chegar a esse entendimento."
O sucesso do empreendimento, no entanto, depende necessariamente do apoio da população. "A coleta gera trabalho e renda para mais de 400 famílias na cidade. Além disso, gera benefícios ao meio ambiente e aumenta a vida útil da Central de Tratamento de Resíduos (CTR), para onde são levados o rejeito e o lixo orgânico. Por isso, o nosso apelo é que a comunidade continue a fazer a separação correta dos resíduos em casa", pede a coordenadora de Resíduos Recicláveis da CMTU, Eliene Moraes Eliene Moraes.