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Reconhecimento

CMTU recebe paquistaneses em pesquisa sobre reciclagem

Redação Bonde com assessoria de imprensa
19 jun 2015 às 17:03

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- Divulgação/CMTU
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A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) recebeu, na tarde de ontem, 18, a visita dos paquistaneses Shehzad Ahmed, de 50 anos, e Fatima Shehzad, de 21. Pai e filha estão na cidade desde o último sábado, 13, e procuraram a Companhia para conhecer o sistema de coleta seletiva no município, reconhecido nacionalmente pelas práticas de inclusão social dos catadores de materiais recicláveis.

Os visitantes foram recepcionados por servidores da Diretoria de Operações e Comunicação da CMTU, os quais apresentaram as ações desenvolvidas pelo poder público local nas áreas de gestão de resíduos sólidos e preservação do meio ambiente. O diretor de operações, Mauro Andrade, exibiu aos estrangeiros a estrutura da cidade voltada à questão ambiental e explicou o funcionamento do sistema de recolhimento dos materiais recicláveis.

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Andrade contou como a CMTU subsidia o funcionamento das 7 cooperativas de catadores atuantes em Londrina, que juntas empregam cerca de 400 trabalhadores e geram renda a centenas de famílias. Ele exibiu o mapa da coleta seletiva, que cobre 100% dos domicílios, e mostrou números do volume de resíduos comercializados, bem como do rendimento médio dos recicladores, que hoje pode alcançar R$ 1.305 mensais.

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Além da coleta e da inclusão social dos catadores, outros tópicos que chamaram a atenção dos visitantes foram: o Ponto de Entrega Voluntária (PEV), a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) e os programas Bandeira Verde e Lixo no Chão, não!, da Prefeitura. Após serem recebidos na CMTU, os paquistaneses foram levados às instalações de uma das cooperativas, para conhecerem e acompanharem, na prática, a rotina de trabalho dos recicladores.

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Shehzad e sua filha são integrantes da Aabroo Educational Welfare Society , uma associação sem fins lucrativos que leva educação escolar a crianças carentes da periferia de Lahore, segunda maior cidade do Paquistão, com população de aproximadamente 9 milhões de habitantes. Segundo Shehzad, a organização não governamental (Ong) atende cerca de 3.500 crianças de diferentes regiões do município e tem entre 30 e 40% de suas despesas de manutenção bancadas com recursos provenientes do processo de recolhimento, separação e venda do lixo reciclável.


Apesar do tamanho de Lahore, Shehzad conta que a cidade não possui um sistema público de coleta seletiva. "As iniciativas na área de reciclagem são desenvolvidas isoladamente e há muita sujeira espalhada pelas ruas", diz.

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Renda retirada do lixo


A sugestão de financiar a Ong com dinheiro extraído do lixo surgiu com a visita da professora Eliane Queiroz, coordenadora pedagógica de língua estrangeira moderna do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina. Por intermédio do Rotary Internacional, ela foi recebida 9 anos atrás pela família de Shehzad e participou de uma formação para professores na associação em que ele atua.


Eliane relata que, ao conhecer a dura realidade das crianças pobres atendidas pela Aabroo, considerando a falta de um programa de educação ambiental e de coleta de lixo em Lahore, resolveu sugerir à Ong o desenvolvimento de um programa de reciclagem. "Observei a quantidade de lixo jogado nas ruas e então pensei que dali poderia sair renda para auxiliar na educação das crianças", conta a coordenadora.

Com o desenrolar da iniciativa, a associação praticamente dobrou o número de crianças assistidas. Atualmente, a Aabroo comemora a marca de 5 mil domicílios atendidos. Segundo Eliane, após conhecer de perto o serviço de coleta em Londrina, a intenção dos paquistaneses é buscar a melhoria na qualidade dos projetos tocados pela Ong, de modo a ampliar a prática da reciclagem e o acesso à educação para meninos e meninas de Lahore.


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