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Gravou vídeo

Defesa afirma que estudante acusado de racismo não cometeu crime

Rafael Machado - Grupo Folha
18 mar 2019 às 10:44

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- Divulgação
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Os advogados que representam o estudante Pedro Bellintani Baleotti, 25 anos, acusado de gravar um vídeo racista, pediu que a Justiça de Londrina inocente o jovem. No documento apresentado na última seta-feira (15), a defesa afirma que o caso "não configura delito, muito menos simboliza um crime. A fala em nada revela a prática, indução ou incitação à discriminação ou ao preconceito".


Nas imagens gravadas pelo próprio rapaz em formato selfie, aparece a seguinte mensagem: "indo votar...com arma, faca, pistola e o diabo. Louco pra ver um vagabundo com camiseta vermelha e matar logo. Ó (vira o celular para um motociclista que está na sua frente), tá vendo essa negraiada aí? Vai morrer, vai morrer! Aqui é capitão!". Ele usava uma camiseta preta com a foto do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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Segundo os defensores do réu, a palavra "negraiada" não fez referência a pessoas negras, mas apontou para eleitores de um partido político. Eles reconheceram que Baleotti se expressou de "forma contundente", mas reiteraram que "a análise se esgota na seara da moral, ou seja, deve ficar à margem do âmbito penal". Por fim, foram convocadas quatro testemunhas, todos amigos e parentes do estudante, para a audiência de instrução, que ainda não foi marcada pela Justiça.

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Pedro Baleotti, que responde o processo em liberdade e não chegou a ser preso, foi expulso pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro. A instituição abriu uma sindicância interna para apurar a denúncia. Além disso, ele foi demitido do escritório de advocacia que estagiava.


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