A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) gasta R$ 32,5 milhões por ano para manter o serviço de coleta de resíduos sólidos em Londrina. O valor total leva em conta recolhimento do chamado lixo domiciliar, coleta seletiva (reciclável) e a manutenção da Central de Tratamento de Resíduos (CTR). O gasto é bem maior que o valor arrecadado pelo município através da taxa da coleta de lixo.
Com a cobrança, feita através dos carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o município consegue arrecadar R$ 25 milhões por ano. O déficit é de R$ 7,5 milhões. A conta não fecha.
Os dados integram o oitavo estudo aprofundado do Fórum Desenvolve Londrina. A pesquisa analisou o sistema de resíduos sólidos do município. "O londrinense vai precisar desembolsar mais dinheiro se quiser que o serviço seja melhorado", destacou o presidente do Fórum, Cláudio Tedeschi.
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Já de acordo com a CMTU, cada londrinense gasta quase R$ 30 a menos por ano com a coleta de lixo se o valor pago (R$ 60,45) for comparado à média nacional, de R$ 88,01.
"Outro ponto importante a ser ressaltado é que os índices levantados consideram estruturas diferentes, situação que fragiliza qualquer comparação, como o próprio Fórum Desenvolve Londrina afirma em suas declarações. Em algumas localidades (do país), por exemplo, é feita apenas a coleta e o sistema não é de aterro sanitário; em outras o serviço não atinge 100% dos domicílios e há aquelas em que não há coleta seletiva ou ela é incipiente", explicou a companhia em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (26).
A CMTU destaca, ainda, que a taxa paga atualmente pelo londrinense só considera a coleta domiciliar. "Seu valor não inclui serviços que foram agregados ao longo do tempo como a coleta seletiva e que precisam ser implementados como a necessidade de tratamento dos resíduos sólidos exigidos pela lei", completa.
A companhia também lembra que atende 100% dos domicílios de Londrina com a coleta de lixo doméstico e que a coleta seletiva atinge os distritos desde abril do ano passado. "O índice local de coleta seletiva é de cerca de 5%, um serviço para o qual a CMTU estabeleceu uma meta de 10% para o final de 2014. A porcentagem é baixa, mas é considerada uma das melhores do país – em São Paulo o índice é de 1,8%; em Porto Alegre, 4,5% e em Curitiba é de 2,5%", compara a CMTU.