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Sala trancada em Londrina

Diretor do Instituto de Criminalística do Paraná será investigado por improbidade administrativa

Viviani Costa - Grupo Folha
09 ago 2016 às 20:06

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- Celso Pacheco/Grupo Folha
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A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público em Londrina instaurou um inquérito para apurar a suspeita de ato de improbidade administrativa que teria sido cometido pelo atual diretor geral do Instituto de Criminalística do Paraná, Daniel Felipetto. O diretor geral, que atuou na chefia do órgão em Londrina, foi promovido há três anos, mas ainda mantinha uma sala trancada dentro da sede do instituto no Norte do Estado.

No local havia inquéritos antigos e materiais que seriam alvo de perícias que podem ter sido engavetadas nos últimos anos. Gravações divulgadas no início da semana pela RPC TV também serão analisadas pelos promotores.

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"Acho muito importante nós analisarmos o conteúdo daquela fala haja vista que ela corrobora com os fatos investigados porque, segundo se noticia nessa gravação, ele, Daniel Felipetto, como diretor, determinava o 'arquivamento' ou 'engavetamento' de perícias para que não 'caíssem estruturas de poder do Estado'", destacou o promotor Renato de Lima Castro. O MP também apura outra possível irregularidade. Perícias particulares teriam sido feitas por Felipetto na sala do órgão público.

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Na última sexta-feira (5), policiais do Gaeco apreenderam no local 15 aparelhos de informática como computadores e HDs, 19 armas de fogo e inúmeras munições. Ao todo, 23 malotes com objetos e documentos foram levados até a sede do Ministério Público. De acordo com a promotora Claudia Piovezan, responsável pela Promotoria de Inquéritos Policiais, 17 malotes foram abertos e documentos que estavam em outros três malotes serão analisados nas próximas semanas.

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Envelopes lacrados com ofícios de delegados requisitando perícias também foram apreendidos. "Ainda não sabemos a origem e não há como informar se esses documentos tem a ver com perícias não realizadas", lembrou a promotora.


O advogado de Felipetto, André Cunha, garantiu que "nada de relevante foi localizado" na sala do diretor geral do instituto. "Não há nenhum processo criminal de investigação que deixou de ser concluído", reafirmou. "Estamos preocupados em saber de onde vem essas gravações e queremos uma perícia nesse material", completou quando questionado sobre as gravações.

Em nota encaminhada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o diretor do Instituto de Criminalística do Paraná esclarece que não realizou atendimento de pacientes particulares na sede em Londrina e informou ainda que "está à disposição dos promotores para esclarecer todas as dúvidas". Daniel Felipetto ainda não foi ouvido pelos promotores.


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