A Casa de Custódia de Londrina (CCL) recebeu na tarde desta sexta-feira mais sete presos provenientes do 2º Distrito Policial (DP). Na noite de anteontem, outros sete detentos já haviam sido transferidos para a CCL. Mesmo com as transferências, o 2º DP abriga mais de 160 homens, num espaço originalmente construído para abrigar 52 pessoas.
O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Jurandir Gonçalves André, disse que outros detentos deverão ser transferidos para a Casa de Custódia de forma gradativa. Ele preferiu não determinar prazos, mas garantiu que a determinação do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Roberto do Valle, de colocar 406 detentos na CCL será cumprida. ''Se dependesse de mim, ficaria com 480 presos, mas o juiz determinou uma quantidade inferior e vamos procurar cumprir'', frisou.
André observou que na próxima semana estará reunido com o diretor da CCL, major Edison Tomaz, para negociar novas transferências. ''Antes da transferência, havia uma média de 14 presos em cada cela. Precisamos deixar a carceragem com no máximo 100 detentos, que mesmo assim significa o dobro de sua capacidade'', afirmou.
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O diretor da CCL, major Edison Tomaz, discorda da afirmação de Jurandir de que novos detentos serão transferidos nos próximos dias. Segundo ele, o Departamento Penitenciário, ligado à Secretaria de Segurança Pública, autorizou um máximo de 360 detentos na carceragem. Esse número foi alcançado hoje com a chegada dos sete detentos. ''Só poderemos receber novos detentos se o Departamento Penitenciário autorizar. Se isso não acontecer, não há possibilidades'', ressaltou.
O major explicou que a CCL foi construída com o objetivo de abrigar 288 presos. Ele completou que a maior quantidade de detentos na carceragem dificulta a administração, já que aumenta a tensão e exige um reforço no trabalho de prevenção. ''Temos a responsabilidade de oferecer segurança a todos. Esse aumento dificulta, mas vamos cumprir nossa parte'', concluiu.