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Novamente denunciado

Empresário foragido pagava R$ 1,5 mil por programa com menina de 11 anos em Londrina

Guilherme Batista - Redação Bonde
06 nov 2015 às 09:47

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De acordo com a promotora, investigação sobre a rede de exploração sexual está longe de terminar - Marcos Zanutto/Grupo Folha
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Novamente denunciado por partipação no mega esquema de exploração sexual de adolescentes, em Londrina, o empresário Fabiano Rodrigues de Oliveira Filho continua foragido. Ele e outros doze suspeitos são réus nas nove ações penais apresentadas pelo Ministério Público (MP) na quinta-feira (5).

De acordo com as investigações, Oliveira é suspeito de contratar programas sexuais de uma mesma menina durante dois anos. A vítima teria sido explorada quando tinha entre 11 e 13 anos de idade, conforme a denúncia. As investigações mostram, ainda, que cada programa custou R$ 1,5 mil a Oliveira Filho, que teria diminuído o valor pago a ela gradativamente conforme a garota ia ficando mais velha. O empresário é suspeito de sair com outra menina entre os anos de 2004 e 2005 e também pagar R$ 1,5 mil a ela por cada programa. Neste segundo caso, a vítima tinha entre 12 e 14 anos no período em que foi explorada.

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Também foram denunciados pelo MP, na quinta-feira, o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, que já havia sido acionado outras onze vezes por participação no esquema de exploração sexual; o fotógrafo e ex-assessor do Governo do Estado, Marcelo Caramori; o policial civil Jefferson Pereira dos Santos; o empresário cambeense Antônio Crippa Neto; e as mulheres Sandra Soares, Rafaela Gomes e Amanda Cardoso, apontadas como aliciadoras das vítimas. Os oitos suspeitos já haviam sido processados criminalmente pelo MP em outras ações.

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Já os empresários Marcelo Caldarelli e Alexandre Alves de Melo, o auditor fiscal Elio Sanzovo, o advogado Rogério Feres e a aliciadora Ana Claudia Moreira foram denunciados pela primeira vez pelo Ministério Público.


Em entrevista coletiva, a promotora da 6ª Vara Criminal de Londrina, Suzana de Lacerda, contou que os acusados chegavam às garotas por meio das redes sociais. "Elas eram abordadas pelas aliciadoras na internet, e iam ter contato com os homens somente na hora do programa sexual, realizados em motéis na maioria das vezes", destacou.


Em seis meses de investigações, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) concluiu 39 inquéritos sobre a rede de exploração sexual. Alguns deles foram arquivados, outros diversos já viraram denúncia e muitos ainda estão na mesa da promotora para análise. "Com certeza mais pessoas serão investigadas e denunciadas", garantiu.

Pelo menos 40 vítimas já foram identificadas e 33 pessoas indiciadas até o momento, sendo nove aliciadoras e 29 contratantes dos programas sexuais das adolescentes.


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