A volta das vagas de estacionamento para a avenida Duque de Caxias foi discutida na Câmara Municipal de Londrina na manhã desta quinta-feira (12). Participaram representantes da prefeitura, Legislativo, Zona Azul e empresas de ônibus, além de comerciantes. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) optou pelo retorno das vagas após reivindicação dos lojistas que possuem estabelecimentos na Duque. Eles alegam que desde quando a faixa exclusiva para ônibus foi instalada na avenida, em 2010, mais de dez lojas fecharam as portas por causa do pouco movimento. O estacionamento vai ficar localizado entre a avenida Celso Garcia Cid e a rua Cambará e vai funcionar das 9h às 16h.
O diretor de Trânsito do Ippul, João Ulisses Lopes, lembrou que o serviço não é definitivo. "A faixa exclusiva é intocável. Vamos ter uma via para o estacionamento, uma canaleta para os ônibus e a pista do meio para os demais veículos. Se não der para controlar o congestionamento, vamos acabar novamente com as vagas", garantiu.
O estacionamento vai começar a sair do papel em 45 dias. É o tempo que a Zona Azul precisa para comprar parquímetros e contratar mais funcionários. A Epesmel, entidade responsável pelo serviço de estacionamento rotativo em Londrina, informou que o investimento para o controle das novas vagas vai girar em torno dos R$ 60 mil. A prefeitura, por sua vez, vai precisar confeccionar placas de sinalização. "Não vamos pintar o asfalto, justamente por que vamos tratar a questão como uma fase de experiência", explicou Lopes.
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Os comerciantes comemoraram a volta das vagas, mas fizeram uma previsão negativa sobre a iniciativa. "O congestionamento vai ser inevitável. Se a faixa exclusiva continuar, o número de veículos autorizados a transitar apenas pela pista do meio vai ser muito grande. O município precisa liberar o tráfego pela canaleta durante o horário do estacionamento. A Duque tem que pegar a Souza Naves como exemplo", destacou o dono de imóvel, César Manoel.
As empresas de ônibus, por outro lado, criticaram o fato de a prefeitura ter decidido voltar com os estacionamentos sem discutir a questão com todas as partes envolvidas.