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Segundo exame

Ex-guarda municipal passa por exame de sanidade mental; médico não estabelece prazo para resultados

Fernanda Circhia - Redação Bonde
26 fev 2018 às 18:29

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- Marcos Zanutto/Grupo Folha
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O ex-guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, que matou três pessoas e feriu outras três em abril de 2017, passou por exame de sanidade mental na tarde desta segunda-feira (26), no Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina. O exame estava marcado inicialmente para 30 de abril, no entanto, foi antecipado por determinação juíza da 6ª Vara Criminal, Zilda Romero.

Ricardo estava acompanhado pela ex-mulher Vivian de Souza Garcia e por um de seus advogados, Fabrício Almeida Carraro. O ex-guarda municipal foi liberado por volta das 16h.

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A direção do IML afirmou que não poderia falar sobre o exame alegando que o caso está em segredo de justiça. Mas informou que o psiquiatra, que também é legista, fez o exame, vai terminar o quanto antes e encaminhará os resultados à Justiça.

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No entanto, o advogado Marcelo Aparecido Camargo, que representa a família de Rachel Espinosa, afirmou que não está em segredo de justiça. "O médico vai confeccionar o laudo agora e depois ele junta ao processo, mas ele não estabeleceu prazo. Então, teremos que aguardar."

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A defesa de Ricardo explicou que os exames não costumam sair no mesmo dia e também está aguardando informações sobre os resultados.


Sobre os resultados do exame, a família de Rachel e o advogado Marcelo Camargo esperam a confirmação do primeiro laudo psiquiátrico realizado pelo complexo médico penal, o qual confirmou que ele não tem nenhum problema.

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"Não temos dúvidas que ele tem plena consciência de todos os atos. Acredito que não teremos surpresas quanto ao resultado", ressalta Rachel em entrevista à reportagem.


Este primeiro laudo foi registrado em 2 de junho, após o guarda ter passado aproximadamente um mês no Complexo Médico-Penal, localizado em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba).

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O crime


Duas pessoas foram assassinadas e outras três ficaram feridas pelo guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, no dia 3 de abril, em Londrina. Os crimes aconteceram em momentos diferentes. Uma terceira pessoa morreu posteriormente, após internamento hospitalar.

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No período da tarde de 3 de abril, o guarda matou Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34 anos, sócia de uma ex-namorada, na Rua Santiago, no Jardim Guanabara, zona sul da cidade. Foram três disparos de pistola, conforme a perícia do Instituto de Criminalística de Londrina (ICL). (O vídeo abaixo mostra o momento em que o guarda invadiu o local onde cometeu o primeiro homicídio.)


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O guarda fugiu com o carro da primeira vítima, um Ônix de cor branca, rumo à Avenida Higienópolis. Depois, ele teria deixado o veículo no Jardim Shangri-lá, na zona oeste, e roubado um Honda Fit, que deixou posteriormente no Jardim Leonor, onde atirou contra quatro pessoas da família de outra ex-namorada. O filho dela, de 17 anos, morreu no local. O pai dela, Valdir Siena, de 58 anos, morreu após uma semana do crime, no Hospital Evangélico de Londrina.


O guarda foi preso um dia após os crimes, em Maracaí, no interior de São Paulo.

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Ricardo Felippe foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), nos dias 24 e 27 de abril, por 12 fatos criminosos. Na ocasião, o delegado de Homicídios de Londrina, Manoel Pelisson, concluiu que o que motivou o guarda a cometer os crimes foi saber de denúncias de agressão formalizadas pelas duas ex-namoradas.


Demissão


A Corregedoria da Guarda Municipal optou por sugerir a demissão de Ricardo Felippe ao prefeito Marcelo Belinati (PP). O secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki, ressaltou que a medida foi tomada pela gravidade das acusações. Logo após ser detido no interior de São Paulo, o acusado deixou de receber os salários.

(Com informações do repórter Celso Felizardo do Grupo Folha)


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