As partes que integram a recém-criada Força-tarefa, formada para agilizar as investigações de crimes contra a vida em Londrina, se reuniram nesta quarta-feira no Fórum para definir os detalhes finais sobre a forma de atuação do grupo.
Representantes da Polícia Civil, do Instituto de Criminalística e da Justiça incluindo um juiz e dois membros do Ministério Público discutiram por quase duas horas e chegaram ao entendimento de que o primeiro passo é garantir a preservação do local do crime.
Apenas a Polícia Militar, que também integra o grupo, não enviou representante.
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Assim que houver registro de assassinato ou uma tentativa, a ocorrência deverá ser imediatamente comunicada à equipe do delegado da Força-tarefa, Márcio Vinícius Amaro.
A equipe fará o trabalho de coleta de provas e o detalhamento do local, com a realização de pelo menos três exames periciais balística, impressão digital e levantamento de substâncias e circunstâncias específicas da ocorrência.
Amaro ficará encarregado de relatar todo o fato e encaminhar os dados para o delegado responsável pela região onde ocorreu o crime.
''Pretendemos agilizar a coleta de provas contra os suspeitos. Ninguém que cometer crimes dessa natureza ficará impune'', prometeu o delegado.
Como foi exaustivamente conversado na reunião, a principal intenção desse trabalho integrado das forças policiais é esclarecer o mais rapidamente possível a autoria do crime e representar pela prisão do suspeito.
Ficou acertado que, quando houver uma suspeita forte, mesmo sem prova material, será pedida a prisão provisória.
Quando houver prova material que comprove autoria, a Força-tarefa irá encaminhar pedido de prisão preventiva contra o suspeito.
''Todo cidadão que matar em Londrina será preso'', garantiu o juiz João Luiz Clève Machado.
O juiz também se comprometeu em apreciar com urgência esses pedidos.
Clève Machado deve assinar a portaria de lançamento da Força-tarefa até a próxima sexta-feira.
Os promotores Sérgio Siqueira e Suzana Maria Maluf farão parte do grupo.
O chefe do Instituto de Criminalística de Londrina, Darci Dória de Faria, lembrou que, em tese, todo crime é elucidado pelo local.
''É ali que vai ter a prova palpável'', destacou.
Quanto ao problema da escassez de peritos, Faria argumentou que há pelo menos três meses o Instituto está ''sacrificando'' outros exames e priorizando as perícias que envolvem crimes contra a vida.
Ele também informou que o perito Daniel Filipeto está trabalhando no 5º Batalhão da PM, trocando informações com os policiais sobre o comportamento ideal que se deve ter em ocorrências do tipo.
O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Jurandir Gonçalves André, justificou a criação da Força-tarefa como mais uma tentativa de combate a criminalidade em Londrina.
''Esperamos dar uma resposta mais rápida à população com essa integração de forças'', concluiu.