Funcionários da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) ameaçam paralisar as atividades em protesto pela retirada dos cobradores de oito linhas alimentares que circulam na zona norte, o que faz com que os motoristas tenham que cuidar da cobrança das passagens. Numa assembléia realizada na semana passada, 150 trabalhadores já aprovaram o indicativo da paralisação. A decisão poderá ser ratificada até o final desta semana numa votação secreta nos terminais de bairro e central. ''Não definimos como seria o movimento, mas provavelmente seria coisa de um dia'', diz João Batista da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol).
Nesta quarta-feira, às 15 horas, representantes do sindicato, da TCGL e da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) se reunirão na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), sob mediação do sub-delegado regional Fernando Roque, para discutir o asssunto. João Batista explica que, caso não haja acordo favorável aos empregados no encontro, o Sinttrol deve propor a votação. A gerência da TCGL acredita que a questão seja resolvida nesta quarta-feira, sem necessidade de greve.
A retirada de cobradores das oito linhas é criticada porque teria sido feita de forma abrupta e porque configuraria ''dupla função'' para os motoristas, sem estar incluída como cláusula contratual e em desobediência ao acordo coletivo de trabalho. A TCGL informa que a circulação de ônibus sem cobradores era uma experiência que teria prazo inicial de duas semanas, terminando no próximo domingo. O gerente da empresa, Gildalmo de Mendonça, explica que a TCGL está realizando uma avaliação dos resultados para apurar se o sistema permanecerá.