O secretário municipal de Defesa Social, Rubens Guimarães de Souza, foi até a Câmara Municipal de Londrina nesta quinta-feira (29) para prestar esclarecimentos sobre as agressões de três guardas municipais contra o jovem Caio Alves, 21 anos, na zona norte de Londrina na última terça-feira (27).
O secretário de Defesa Social lembrou que a Guarda Municipal foi criada para cuidar dos postos públicos e a ação na rua deve ser subsidiada e programada com apoio da polícia. "Sozinha, a Guarda não tem essa competência. Talvez, em função da formação que eles receberam e a maneira que eles vinham trabalhando, ainda resta um pouco deste comportamento que não tem como ser mudado de uma hora para outra", afirmou.
Souza lembrou que houve resistência dos guardas no início da gestão Kireeff, quando o efetivo passou a atuar em prédios públicos já que os guardas municipais, segundo ele, foram conduzidos como policiais. "Pode ter ação subsidiada, mas eles não são policiais. O nosso trabalho é outro. Estamos trabalhando para mudar essa cultura."
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O secretário afirmou que está "indignado" com o caso de agressão contra o jovem trabalhador na zona norte e prometeu "cortar na própria carne" para punir os envolvidos. No entanto, ele lembrou que é necessário alterar a legislação para tornar mais rápido o processo de investigação na Corregedoria da Guarda Municipal. De acordo com o secretário, existe a possibilidade de exoneração, mas não há punições imediatas previstas. Atualmente, a única opção é remoção dos guardas investigados para outros pontos de serviço.
"Eu pedi celeridade no processo, pois até o prazo estipulado de 90 dias é muito longo neste caso. Isto emperra qualquer procedimento disciplinar. Por isso, eu pedi ao corregedor que no máximo em 15 dias seja enviado um relatório sobre está situação. Mas, se a medida justa for exoneração, será cumprida", garantiu Souza, que prometeu visitar Alves para tranquilizar o jovem já que a família teme represálias.