Os irmãos Kléber e Karlo Cavalca foram liberados da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2) na noite desta segunda-feira (16) após o juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, deferir o pedido de liberdade provisória. Os dois foram detidos no último dia 3 durante operação do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) que encontrou na zona sul da cidade um banco de ossos clandestinos administrados pelos irmãos.
Segundo o advogado de defesa, Gabriel Bertin de Almeida, a pedido foi deferido no final da tarde da última sexta-feira (13), no entanto, a soltura ocorreu na segunda-feira por causa da tramitação do processo. "A defesa argumentou que prisão foi desnecessária, pois a liberdade deles não influencia a investigação e uma ação penal", afirmou em entrevista ao Portal Bonde. Os dois pagaram R$ 110 mil de fiança.
O inquérito foi concluído pela delegada do Nucrisa, Sâmia Coser, na sexta-feira e agora a defesa aguarda a análise do Ministério Público, que pode apresentar uma denúncia contra os acusados.
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No dia 3, os policiais encontraram 16 cabeças de fêmur in natura, 89 frascos com pedaços de osso em bloco, 46 frascos com pedaços particulados (osso moído em liquidificador com soro fisiológico), outras sete embalagens diferentes também com ossos particulados e uma embalagem com fragmentos de ossos do quadril.
O material, armazenado em uma residência no Jardim Cláudia e em um apartamento na Gleba Palhano, era levado para Chapecó-SC, Belém-PA, Belo Horizonte-MG e para os estados de Goiás e Mato Grosso. Segundo o Nucrisa, a dupla chegou a fazer propaganda para comercialização dos ossos em um congresso. Normalmente, o material é utilizado em enxertos odontológicos.