A prefeitura de Londrina assina na próxima quinta-feira (13) o convênio com o governo federal para liberação do financiamento para custear a obra do BRT (Bus Rapid Transit) para ligação da cidade de Norte-Sul e Leste-Oeste.
O projeto é tratado com sigilo pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul), no entanto o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) revelou alguns detalhes do novo modal durante entrevista à rádio Paiquerê AM neste sábado (8).
Aproximadamente R$ 150 milhões serão investidos na construção dos corredores, sendo que R$ 19 milhões são de contrapartida do município. A prefeitura terá quatro anos para finalizar as obras. Após conclusão, começa o prazo de 20 anos para pagamento do empréstimo. O sistema será administrado por empresas operadoras que ficarão responsáveis pelo serviço. O projeto integra os investimentos do PAC 2 em todo o Brasil.
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Kireeff explicou que o BRT funciona como um "metrô de superfície" com utilização de bilhetes na entrada das estações por parte dos usuários, o que deve aumentar a velocidade dos embarques e desembarques nos veículos.
O prefeito adiantou que o Terminal Central e da Zona Oeste, que será inaugurado neste mês, devem passar por readequações já que um dos corredores será instalado no canteiro central da avenida Leste-Oeste. O outro corredor será construído na avenida 10 de Dezembro, a Via Expressa.
"O projeto já incluiu a adequação do Terminal da Zona Oeste. O projeto do terminal não foi feito pensando no BRT, mas o BRT foi feito pensando no aproveitamento desta estrutura", comentou. "O Terminal Central não será desativado. Ele tem uma utilidade no projeto e deve ser integrado", acrescentou.
Outro detalhe revelado é que as estações não serão "tubos", como o modelo de Curitiba para ônibus. "Foram concebidos pelo Ippul de forma original, pesquisando modelos no Brasil e fora do País para adequar as estações a nossa realidade", afirmou o secretário de Obras, Sandro Nóbrega, que acompanhou o prefeito na entrevista. Nóbrega também ocupou a presidência do instituto no ano passado.
Questionado sobre o canal que divide a Via Expressa, o secretário de Obras revelou que as estações serão elevadas e intervenções devem ser realizada na avenida. "O espaçamento em modelos de BRT é de 700 a 1.000 metros, normalmente. Aquele percurso tem 2.100 metros. Então existe a possibilidade de ter apenas uma estação neste trecho", acrescentou Kireeff.
O prefeito ainda prometeu revelar todos os detalhes na próxima quinta-feira, após a assinatura do convênio. O BRT é considerado um dos principais projetos da gestão Kireeff. (Com informações da rádio Paiquerê AM)