O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) e o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, visitaram a Câmara Municipal de Londrina durante a sessão desta quinta-feira (12) para discutir com os vereadores a votação dos 13 projetos de lei, de autoria do Executivo, que concedem áreas municipais para empresas interessadas em ampliar os negócios na cidade.
Na semana passada, um servidor do Codel, uma mulher que se passava por corretora de imóveis e um empresário envolvidas em um esquema de pagamento de propina para cessão de terrenos foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco). Ontem, Eduardo Reale foi exonerado do cargo de gerente de Desenvolvimento Industrial e José Hilário foi demitido da Coordenação de Fiscalização e Análise de Projetos da Codel.
"A conduta de dois servidores não pode pautar ou ser o balizador da conduta de mais de 9 mil servidores ou, muito menos, de empresários que pretendem investir em Londrina mais de R$ 230 milhões", afirmou Kireeff na Câmara.
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Na sessão de quarta-feira (11), os vereadores decidiram interromper a tramitação das matérias para esclarecimentos sobre a doação. Pelo Facebook, Kireeff confirmou que pediu para a líder do prefeito na Câmara, Elza Correia (PMDB), que suspendesse a tramitação momentaneamente.
Kireeff criticou duramente os envolvidos e chamou o esquema de corrupção de "barbaridade" que coloca em risco a política de desenvolvimento. "De repente, alguém tem o atrevimento e ousadia de imaginar que pode se apropriar e colocar isso no bolso. Na consequência, ele ainda acaba com todo um processo e coloca em dúvida a conduta de muitas pessoas e em risco muitos empregos. Existe risco sim. Podemos ser engambelados por um irresponsável, como fomos. Espero que seja identificado seu procedimento e punido com o máximo rigor da lei. Uma cidade não pode se curvar a picaretagem e a bandidagem", criticou o prefeito.
O prefeito ainda ressaltou a importância da atração de empresas na arrecadação municipal para custear melhorias nos serviços públicos. "Ninguém quer aumento no IPTU, mas a gente precisa de recursos e o dinheiro precisa vir do desenvolvimento econômico com emprego e arrecadação", avaliou.