O atraso para envio dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba para Londrina provoca a paralisação de investigações coordenadas pela Delegacia de Homicídios. A reportagem do Portal Bonde apurou que pelo menos três inquéritos do primeiro semestre não foram concluídos por falta de laudos após pedido de exames encaminhados até a capital.
O jovem Lucas Augusto da Silva morreu no dia 22 de junho durante uma festa realizada no Parque Governador Ney Braga em Londrina. Após se envolver em uma briga, o jovem foi retirado por seguranças do evento e morreu em frente ao parque. A Polícia Civil ouviu pessoas envolvidas na confusão, mas necessita do laudo com a causa do óbito para concluir a investigação, já que existe a suspeita de overdose.
De acordo com a assessoria de imprensa do IML, a previsão é que o laudo seja concluído na próxima semana. No início deste mês, um caso muito semelhante voltou a acontecer em Londrina. O jovem Oscar Júnior, 23 anos, morreu em uma festa na zona oeste de Londrina.
Leia mais:
Instituto Não Me Esqueças oferece palestra e curso gratuitos sobre Alzheimer
Macroprojeto Muralha Digital da Guarda Municipal é lançado pela Prefeitura de Londrina
Londrina: CMTU padroniza velocidade máxima permitida na avenida Leste-Oeste
Roupeiro Santa Rita promove jantar beneficente nesta sexta em Londrina
A família alega que a vítima teria sido espancada, mas a polícia também investiga a hipótese de overdose, o que será analisado por exame toxicológico em Curitiba. O caso já foi encaminhado, mas ainda não chegou ao IML da capital.
Os homicídios que dependem de exames de DNA para identificação das vítimas também podem "travar" as investigações policiais. No dia 2 de fevereiro, o corpo de um homem com um tiro na cabeça foi encontrado próximo à represa da Usina Três Bocas em estado de putrefação. O caso continua em aberto devido ao laudo do IML.
No dia 1º de março, o corpo de uma mulher carbonizada foi encontrado na zona rural na região de Londrina. De acordo com a Delegacia de Homicídios, as investigações apontam para suspeitos, mas a identificação é fundamental para conclusão do inquérito.
"Após consulta à base de dados, o Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística informou que esses dois casos mencionados já foram feitos, concluídos e arquivados, mas não é feita a divulgação dos nomes. Essas informações, entretanto, ficam à disposição das autoridades policiais que possam ter inquéritos em andamento", esclareceu a assessoria de imprensa do IML.
Nova sede em Londrina
No início de novembro, o Governo do Estado autorizou o início da construção da nova sede do IML em Londrina.
A construtora londrinense Santini Engenharia ficará responsável pela obra orçada em R$ 4,5 milhões com prazo para conclusão de 360 dias contados a partir da assinatura da ordem de serviço.
O edifício terá mais de dois mil metros quadrados na avenida Dez de Dezembro com espaço para laboratório de química legal, sala de raio-x, necrotério, espaço para familiares e ambulatório.
A descentralização dos exames pode colaborar com as investigações policiais com a conclusão dos laudos em menos tempo. "Exames de balística, química-legal e toxicologia, por exemplo, serão feitos em Londrina. Apenas os exames de DNA continuarão concentrados em Curitiba, seguindo uma determinação nacional para que haja um único laboratório específico para esse tipo de exame em cada estado da federação", informou a assessoria do IML.