A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) divulgou nesta segunda-feira (19) os dados do Placar do Trânsito de janeiro a julho deste ano. De acordo com o levantamento, o número de mortes no trânsito caiu 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 43 mortes registradas neste ano contra 57 no ano passado. Segundo o Placar do Trânsito, este é considerado o menor índice apurado desde 2014.
Ainda segundo os dados divulgados pela CMTU, os números de mortes de pedestres também tiveram queda em relação ao ano passado. Neste mesmo período, de janeiro a julho, o número de mortes de pedestres caiu de 16 (2018) para 8 (2019). Do número total de mortes no trânsito de Londrina, 35 eram homens, 11 tinham mais de 60 anos, 19 estavam na faixa etária de 31 a 59 anos, 31 morreram na hora, seis morrem nas primeiras 24 horas após o acidente e outras seis morreram após o período de 24 horas.
Embora o levantamento tenha apontado a redução do número de mortes no trânsito, houve um aumento no cálculo geral de acidentes. Foram 2.110 ocorrências com 2.527 pessoas envolvidas em 2019. No mesmo período de 2018, a CMTU registrou 2.009 incidentes e 2.350 pessoas envolvidas. Sobre esses dados, o diretor de Trânsito da CMTU, major Sérgio Dalbem, acredita que o recuo nas mortes e aumento na quantidade de acidentes pode ser atribuído a diversos fatores. "Mais veículos nas ruas significa mais acidentes. No entanto, trata-se de episódios com menor gravidade, já que a lotação das vias torna o fluxo mais lento e, consequentemente, menos nocivo", avaliou.
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Ranking
No ranking das vias mais violentas da cidade, a rodovia PR-445 aparece em primeiro lugar com 10 acidentes com mortes. A CMTU registrou ainda sete episódios com óbitos na BR-369. Já as avenidas Saul Elkind, Henrique Mansano e Maringá tiveram uma ocorrência cada. Ao todo, foram 34 mortes na área urbana e nove na área rural.
Já em relação às infrações registradas pela CMTU, o excesso de velocidade continua sendo a mais cometida pelos londrinenses. Das 86.110 autuações, 33.649 foram por excesso de velocidade.
Novos radares
Para conter a imprudência e diminuir a violência dos acidentes, a companhia ampliou recentemente o número de locais atendidos pela fiscalização eletrônica. No último dia 25, quatro novos radares passaram a operar nas regiões norte, oeste e central da cidade, elevando de 18 para 22 o número de pontos monitorados por aparelhos na cidade.
A implantação dos dispositivos foi feita com intensa campanha de divulgação. No entanto, de acordo com Dalbem, toda a divulgação não foi suficiente para que os motoristas tirassem o pé do acelerador. "O índice de autuações por excesso de velocidade ainda é bastante alto, o que demonstra comportamentos reiterados de imprudência e desobediência por parte de alguns", destacou.
Para garantir que o saldo de óbitos continue em queda, o diretor adiantou que a CMTU estuda estender o número de radares no município. A ideia é que a partir do ano que vem, pelo menos, 50 pontos tenham fiscalização. "A letalidade no trânsito está diretamente relacionada à velocidade dos veículos. Por isso a importância em investir no controle do tráfego. Nosso objetivo maior é proteger a vida", pontuou.