A construtora Sanches Tripoloni começou o ano de 2015 com os serviços paralisados na PR-445. Responsável por duplicar trecho da rodovia localizado entre a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o conjunto Jamile Dequech (zona sul), a empresa está sem os repasses integrais do Governo do Paraná desde abril do ano passado. A terceirizada dispensou cerca de 20 funcionários em dezembro e informou que só vai retomar os trabalhos depois de receber os recursos estaduais. "A construtora vem fazendo um serviço de 'tartaruga' há alguns meses, quando parou de ver a cor do dinheiro do governo", contou Luiz Alves de Oliveira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Paraná (Sintrapav), em entrevista ao Bonde nesta quinta-feira (8).
De acordo com o sindicalista, a Sanches Tripoloni chegou a ter cem funcionários no início de 2014, quando os trabalhos ainda eram realizados normalmente na rodovia. "Depois que parou de receber, a empresa começou a demitir ou transferir os operários para outras frentes de trabalho. Não dá para manter os empregados sem dinheiro", argumentou.
Atualmente, a empresa conta com apenas dez trabalhadores, que seguem na PR-445 cuidando de estruturas e equipamentos.
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Por meio de nota, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) afirmou estar aguardando o recebimento de 30% do Proinveste, cerca de R$ 110 milhões, "que ainda não foram repassados pelo Governo Federal". "O DER-PR enviou toda a documentação e está aguardando desde dezembro pela liberação", garantiu o órgão na nota.
O departamento informou precisar dos recursos federais para regularizar os pagamentos junto à Sanches Tripoloni. "O Governo do Paraná está tentando solucionar o problema, entendendo a necessidade da população no uso da rodovia".
Procurada pelo Bonde nesta quinta, a construtora informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.