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Dois são detidos

Londrinenses protestam contra aumento da passagem do transporte coletivo

Auber Silva - Redação Bonde
07 jan 2014 às 19:05

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- Ricardo Chicarelli/EquipeFolha
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Um protesto descentralizado, organizado via Facebook, reuniu cerca de 150 pessoas nesta terça-feira (7) contra o aumento da tarifa do transporte coletivo de Londrina. A concentração ocorreu no calçadão, em frente ao Teatro Ouro Verde, por volta das 18h. Depois, o movimento seguiu para o Terminal Central. Formado na maioria por estudantes, o grupo questionava o acréscimo de trinta centavos à passagem. O novo valor, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, é de R$ 2,65.

No Terminal, os manifestantes se dividiram em dois grupos. Integrantes de um deles, mais agressivos, picharam palavras de ordem nas paredes do local. A Polícia Militar foi acionada e passou a acompanhar a mobilização. Agentes da CMTU também seguiam o protesto, que chegou a interromper o fluxo de veículos no cruzamento entre a Rua Professor João Cândido e a Avenida Leste-Oeste.

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Um adolescente foi apreendido e um maior foi preso por picharem um coletivo. Os dois manifestantes foram encaminhados à 10ª Subdivisão Policial.

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Vândalos usaram pedaços de pau, pedras e chutes para danificar ônibus que estavam estacionados. Alguns coletivos tiveram janelas quebradas. Houve confusão e pessoas ficaram feridas.

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Um grupo chegou a fazer fogueiras com materiais inflamáveis encontrados nas redondezas, mas não há registro de nenhum ônibus incendiado.



Questionamentos


"Ninguém é a favor do aumento. Queremos discutir não só o novo preço, mas também a qualidade do serviço prestado ", afirma o estudante Vinícius Bueno, de 30 anos. Ele aproveita para chamar a atenção para a situação dos alunos que realizam cursos no contraturno. "Eu mesmo vou à UEL e faço um curso técnico depois. Só pago meia para ir à universidade, mas e para a passagem do curso?", questiona. Bueno ainda cobra uma aproximação dos motoristas e cobradores do restante dos usuários de ônibus. "Eles estão certos em cobrar o aumento salarial deles, mas também são trabalhadores, também são afetados pelo aumento da tarifa. Como parte importante desta situação, precisam se aproximar da população, não das empresas."

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O professor Flávio Dancs, de 34, pede mais transparência da prefeitura. "Eu vejo como um aumento a toque de caixa. Aprovado na virada do ano, justamente para esvaziar qualquer manifestação da sociedade. Ninguém estava sabendo, por que não mostram as planilhas? Será que o aumento se deve à liberação dos alunos até a 5ª série? A família não terá que pagar a passagem do estudante, mas aí aumenta o preço da passagem do pai? Qual a lógica?", pergunta. Dancs se refere à isenção para alunos das redes públicas e privada entre a 1ª e a 5ª séries.


Membro do movimento Passe Livre, a estudante Ana Ruziska, de 24, avalia que o aumento vai na contramão dos pedidos da sociedade. "O impacto é devastador. É mais que R$ 15,00 ou R$ 30,00 a mais de gasto por mês, representa que não existe uma política pública que pense na população, significa o interesse privado comandando as ações da prefeitura", diz. Ruziska ressalta que o Passe Livre defende a isenção de todos os estudantes, de desempregados e ainda a estatização do transporte coletivo. "Quem administra precisa andar de ônibus, precisa conversar com o trabalhador, porque é o trabalhador quem sabe onde a linha não funciona, onde é ruim no horário de pico, onde o ônibus não passa", finaliza.

(matéria atualizada às 22h40)


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