O Coletivo dos Sindicatos de Londrina promoveu na manhã desta quarta-feira (20) um protesto contra a reforma da Previdência Social, apresentada nesta tarde ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). O ato, realizado na frente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na rua João Cândido, faz parte de uma ação convocada pelas centrais sindicais de todo País e reuniu cerca de 40 pessoas.
"Londrina também está mobilizada. Realizamos um ato no último dia 16 e estamos aqui de novo por entender que essa reforma não pode passar. É um absurdo a idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres. É se aposentar perto de morrer já, o povo não vai aproveitar nada", afirmou a representante do Coletivo, Elsa Caldeira. "Esse é um ponto, mas o texto todo (da reforma) está causando indignação", acrescentou.
Caldeira também falou sobre a participação das pessoas nestas manifestações. "Os atos públicos no Brasil não estão tendo o número esperado, mas a nossa preocupação é fazer os eventos, unir as categorias e ter um espaço para os trabalhadores protestarem", disse. "Entretanto, é um assunto que está em alta, então quando realizamos esses atos as pessoas que passam na rua também se manifestam e pedem a palavra", adicionou.
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Para Hellen Kathy, de 20 anos, a manifestação é válida, já que se trata de um tema relevante. "Hoje está muito difícil arrumar emprego, então 40 anos de contribuição é muito tempo. Isso tem que ser revisto", afirmou a jovem que está desempregada.
Paulo Martins, que trabalha com telecomunicação e tem 53 anos, se posiciona contra o texto da reforma que está sendo proposto pelo governo atual. "Cada profissão e cada região tem sua especificidade. Um trabalhador braçal tem menos condição de trabalhar até os 60 anos do que alguém que usa mais a mente. As pessoas que mais precisam vão ficar desamparadas, desse jeito (a reforma) não pode passar", protestou.
*Sob supervisão do editor on-line, Rafael Fantin