A 11ª Promotoria de Justiça de Londrina determinou o arquivamento do inquérito feito por oficiais PMPR (Polícia Militar do Paraná) para apurar um suposto confronto que teve como vítima os jovens Kelvin Vieira dos Santos, 16, e Wender Natan da Costa Bueno, 20. A abordagem policial aconteceu no Jardim Santiago (zona oeste), no dia 15 de fevereiro de 2025.
Trata-se de um movimento comum e que era esperado pelos advogados envolvidos no caso. A investigação das mortes, que completam três meses nesta quinta-feira (15), vinha sendo feita através de um IPM (Inquérito Policial Militar), conduzido pela PM de Maringá, e de um IP (Inquérito Policial) da Polícia Civil. Agora, a apuração deverá se concentrar no processo que tramita na Justiça Comum.
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O IPM, concluído no final de abril, fala em indícios de “crime militar”, padrão em ocorrências com letalidade, mas conclui que não foi identificada "transgressão disciplinar" por parte dos agentes.
Pouco tempo depois, o Ministério Público pediu que o IPM, que estava na Vara de Auditoria Militar, fosse encaminhado para o Tribunal do Júri, responsável por analisar a configuração ou não do crime doloso contra a vida praticado por policial militar contra civil.
Em uma manifestação protocolada na segunda-feira (12), o Ministério Público determinou o arquivamento do IPM, ressaltando que os trâmites devem seguir pelo inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios para apurar o caso. Também, garantiu que não haverá prejuízo porque tudo que foi apurado pelos oficiais da PM será analisado no âmbito do IP.
DEFESAS
O advogado que representa os PMs envolvidos na ação policial avaliou que “o movimento processual é o correto dentro de casos dessa natureza”. “Se arquiva os autos de IPM, se apensando ao inquérito da Polícia Civil já que esses guardam conexão probatória”, afirma.
A opinião é a mesma da defesa da família dos jovens, que reforça que cabe à Justiça Comum apurar os fatos. "Seguimos aguardando o término das investigações e confiando na seriedade do MP e na imparcialidade da Justiça Comum, e que os responsáveis serão devidamente punidos, como determina a Lei."
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