Moradores da região da Rodovia Luís Beraldi, conhecida como Estrada da Cegonha, nos patrimônios Espírito Santo e Regina (zona sul de Londrina), reclamam da falta de segurança. Segundo eles, em menos de um ano aconteceram cerca de 80 ocorrências, entre furtos, arrombamentos e assaltos. Um dos casos mais graves foi a morte de José Carlos Manoel dos Santos, de 45 anos, no dia 27 de dezembro, durante uma assalto.
Com o objetivo de cobrar ações para reduzir a criminalidade, aproximadamente 30 pessoas se reuniram com o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar de Londrina, tenente-coronel Antonio Carlos Campos Junior, nesta quarta-feira (4).
Dejanir Florindo Girodo, que participou da reunião, é dono da propriedade onde Santos foi assassinado e estava no local. "Eu e meu filho tínhamos chegado bem naquela hora. Os bandidos estavam escondidos em uma bananeira e o José Carlos viu", relatou. Segundo Girodo, Santos ligou para um vizinho informando que tinha visto três homens chegando em motocicletas e desconfiava que fosse um assalto. Ainda de acordo com Girodo, a vítima teria resolvido checar a situação. "Eles acabaram disparando um tiro nas costas dele."
Leia mais:
Murilo Benício grava cenas para filme sobre assalto ao Banestado em Londrina
Ippul sugere plano com 20 ações para modernizar o Centro de Londrina; saiba quais
Com Murilo Benício, filmagens de 'Assalto à Brasileira' começam em Londrina
Passeios de pedalinho no Igapó 2 podem ser feitos até as 23h em Londrina
Nesse caso os criminosos fugiram sem levar nada, mas entre os participantes da reunião havia relatos sobre bandidos que levaram tudo o que havia na casa, desde objetos menores, como celular, até grandes mercadorias, como fogão e botijão de gás.
O vendedor Waldomiro Simione foi assaltado há cinco meses. "Nossa propriedade tem cinco casas e os ladrões colocaram todas as famílias em uma casa só e roubaram tudo. Levaram também o carro de minha filha, que depois foi abandonado", relatou o vendedor, dizendo que não foi a primeira vez que foi assaltado. "Eu tive o primeiro restaurante rural da região e fomos tantas vezes assaltados que fui obrigado a fechar o estabelecimento e a desmanchar tudo. A gente pede um pouco mais de segurança. É o mínimo que merecemos, pois a situação está difícil, perigosíssima", afirma.
Embora os moradores garantam que comunicam as ocorrências à PM, boa parte delas não chegou ao conhecimento da PM. Segundo tenente-coronel Campos Junior, a polícia trabalha com estatísticas. "Se a pessoa deixa de acionar o 190 em qualquer situação e não gera o boletim de ocorrência, para nós indica uma situação de tranquilidade", apontou.
Ele afirmou que prefere que os moradores liguem relatando alguma ocorrência e não seja nada grave do que a população deixar de ligar e acabar acontecendo uma ocorrência. "Entre o Natal e o Ano Novo atendemos todas as chamadas. Recebemos chamados inclusive daquela região. Existem os helicópteros do Graer e o Falcão 7 com o qual realizamos operações e que em cinco minutos conseguiram chegar ao local da ocorrência", destacou. Ele garantiu aos moradores uma permanência mais constante de uma viatura caracterizada.