O Ministério Público de Londrina ingressou na última quinta-feira (2) com o pedido de ação civil pública para ressarcimento dos consumidores lesados pela venda de imóveis comercializados de maneira fraudulenta pela construtora Iguaçu do Brasil, investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na operação Casa de Papel.
Em entrevista ao Portal Bonde, o promotor de Defesa do Consumidor, Miguel Sogaiar disse que solicitou à Justiça que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) faça o rastreamento das contas bancárias dos envolvidos no esquema nos últimos dois anos. O objetivo é levantar informações sobre o patrimônio e bens dos integrantes da quadrilha para pagamento das indenizações.
Questionado sobre o prejuízo dos consumidores lesados, o promotor respondeu que ainda não existe um cálculo exato do quanto a construtora teria lucrado no esquema de venda irregular. "A medida que a Justiça for recebendo os casos das pessoas, além das informações sobre bens e saldo em conta dos envolvidos, será possível calcular melhor o prejuízo", explicou.
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Sogaiar ainda confirmou que o gerente da Iguaçu do Brasil, Helio Piconi Fernandes, que estava foragido e foi preso nesta sexta-feira (3) em uma chácara, foi citado na ação como um dos procuradores da construtora.
Na última segunda-feira (29), o Gaeco denunciou o proprietário da empresa, Carlos Alberto Campos de Oliveira, por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica. Outros sete integrantes da quadrilha devem responder por formação de quadrilha e estelionato. Oliveira pagou fiança de R$ 101 mil e foi liberado da PEL 2 na semana passada.