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Caos na Saúde

"O fundo está zerado", diz secretário de Londrina

Redação Bonde
18 fev 2010 às 21:45

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O secretário de saúde de Londrina, Agajan der Bedrossian, esteve na Câmara de Vereadores na tarde desta quinta-feira (18) para dar explicações sobre o repasse de recursos para o Hospital Universitário (HU). O atendimento a pacientes no hospital está sendo restrito desde o último domingo (14) sob alegação de falta de verba.

Segundo Agajan, a dívida do Sistema Único de Saúde (SUS) com todos os hospitais de Londrina é próxima dos R$ 30 milhões. O secretário afirma que a dívida é uma herança do governo Nedson Micheleti. "Não fomos nós que fizemos o filho. Quando chegamos, ele já estava criado. Mas não vamos nos eximir de responsabilidade. Em momento algum nós deixamos de pagar o HU. Da mesma forma que chegava dinheiro do Ministério (da Saúde), repassava-se para o HU", explicou.

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Os recursos estão sendo repassados com dois meses de atraso desde janeiro de 2009. "Não há dinheiro nenhum em caixa. O fundo está zerado. Não estamos fazendo desvio de dinheiro que devia ser aplicado na saúde para aplicar em poupança ou outro lugar. Todo dinheiro que entra é gasto efetivamente na saúde", garante Agajan.

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Repasse:
O Hospital Universitário de Londrina recebeu, após o feriado do carnaval, um repasse da Prefeitura Municipal no valor de aproximadamente R$ 2,5 milhões, referente ao pagamento de serviços prestados pelo hospital, no mês de novembro de 2009.

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Apesar do depósito ter sido feito, a seleção de pacientes que estava ocorrendo no HU desde o dia 15 de fevereiro, fica mantida porque o valor não cobre as despesas do hospital principalmente as relacionadas à compra de materiais e medicamentos.


Segundo o superintendente do HU, Francisco Eugênio Alves de Souza, a seleção de pacientes será mantida até que ocorra uma reunião entre o HU e o corpo técnico da Autarquia Municipal de Saúde, para, em conjunto, definirem a melhor forma de atender a população mantendo um equilíbrio entre o custo, manutenção e repasse.


Francisco Eugênio explicou que mesmo com o repasse o abastecimento do hospital acontece de forma gradual porque só com recurso em caixa é possível dar início aos processos de licitação com o objetivo de normalizar os estoques, o que deve acontecer imediatamente.

A expectativa do superintendente é que a partir de agora os repasses sejam feitos de forma regular, dentro do prazo correto, para que o hospital possa planejar a compra de serviços e equipamentos, de forma que atenda as necessidades de todos os pacientes.


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