No desembarque do ônibus, ao lado da mãe, o jovem adolescente de 17 anos não poderia imaginar o futuro que seria descortinado ao longo das décadas seguintes. Seu destino naquele momento foi transformado definitivamente. Era fevereiro de 1956, quando Oswaldo Militão chegou a Londrina, na estação na Rua Sergipe projetada por Vilanova Artigas. O motivo da viagem era cursar o ginasial, como era chamado o ensino médio. A cidade paulista de Santo Anastácio, onde o garoto viveu em seus primeiros anos, era pequena para o tamanho de seu sonho: tornar-se médico.
Ainda com o filho sem endereço na cidade, Dona Zulmira comprou a edição do dia da FOLHA e encontrou um anúncio do aluguel de um quarto para hospedar o jovem. O enredo é ponto de partida da epopeia vivida pelo jornalista, que completa 65 anos ininterruptos de carreira e acaba de ser agraciado com um projeto de lei do Executivo Municipal, proposto por Marcelo Belinati, que confere a Militão o título de Cidadão Honorário de Londrina. "Recebi uma ligação do prefeito me comunicando. Eu disse que não merecia e não precisava, mas confesso que fiquei muito feliz. Já haviam oferecido outra vez, mas neguei, penso que o trabalho do jornalista é coletivo, não faço nada sozinho, mas, agora, já estava decidido”, afirma o decano da redação, titular da coluna Social.
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