O Movimento Passe Livre (MPL) pretende realizar um protesto contra o aumento do valor da passagem de ônibus em Londrina. A tarifa subiu de R$ 2,65 para R$ 2,95 no dia 1º de janeiro. Os integrantes do movimento pretendem se reunir nesta semana para analisar o reajuste de R$ 0,30 e definir uma data para a manifestação. "Não tem nada marcado por enquanto. Vamos deliberar a respeito disso em assembleia", explicou um dos integrantes do MPL, William Casagrande, em entrevista ao Bonde nesta segunda-feira (5).
Segundo ele, o movimento já esperava pelo aumento. Casagrande destacou que o MPL é contra o reajuste e também a ampliação do passe livre na cidade. Em 2014, estudantes do 1º ao 5º ano não pagaram para andar de ônibus em Londrina. Projeto aprovado pelos vereadores no final do ano passado ampliou o benefício para alunos dos 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e também para os que cursam o Ensino Médio.
A atual administração vai usar recursos do IPVA para subsidiar o passe livre. Para custeá-lo, o município vai precisar desembolsar R$ 8,3 milhões por ano. Cerca de 6 mil crianças e adolescentes serão beneficiados.
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Conforme Casagrande, o MPL condena o fato de o município precisar "subsidiar o empresariado". "Transporte público é direito e tem que parar de ser tratado de forma mercadológica pela prefeitura", argumentou.
Participação
Nos últimos anos, muitos alunos do Ensino Médio participaram dos protestos do Movimento Passe Livre em Londrina. Questionado se a ampliação da gratuidade do transporte coletivo para esses estudantes pode "esvaziar" as próximas manifestações do MPL, William Casagrande desconversou: "Vamos dialogar com eles e mostrar que o benefício não está sendo oferecido de forma correta pelo poder público. Quem participa do movimento há algum tempo entende os nossos argumentos e vai continuar nos apoiando".
Histórico
No ano passado, o MPL realizou diversos protestos em Londrina contra o aumento da passagem de ônibus de R$ 2,30 para R$ 2,65.
Os três primeiros atos pela redução da tarifa do transporte coletivo foram marcados por muita confusão. Prédios foram pichados, ônibus danificados e diversas pessoas acabaram presas.